Olá, companheiros.
Venho hoje comentar sobre um filme que assisti no dia de ontem, cujo gênero geralmente não me agrada. Trata-se de Contra o Tempo, um filme, aparentemente, como qualquer outro filme de ação, policial ou similares. Recomendado por um amigo, resolvi dar uma chance ao produto, e não é que me surpreendi?
O filme nos apresenta um capitão da força aérea, cuja missão principal é retornar na memória de um homem que morreu num acidente de trem e resolver o enigma por trás de tantas mortes, encontrando a bomba escondida na locomotiva e, assim, identificando o passageiro que a implantou, a única esperança da milícia de impedir um novo atentado de proporções colossais. Para isso, é utilizado um projeto chamado Código Fonte, uma máquina capaz de reavivar os 8 últimos minutos da memória de um cadáver quantas vezes forem necessárias, criando assim um paradoxo das atitudes e permitindo que outra pessoa, compatível com o projeto e com o morto, possam viver seus últimos momentos da maneira como desejarem, experimentando assim diversas possibilidades com a finalidade de obter informações.
Enquanto retorna, o capitão acaba ficando chocado com a capacidade do projeto, e por vezes se esquece de que aquilo é somente uma programação, e não uma realidade alternativa. Tudo o que ele faz de diferente não altera a realidade onde o trem já foi destruído, matando todas as pessoas em seu interior, mas pode auxiliar os policiais a solucionar o caso posterior e evitar que mais inocentes morram. Voltando tantas vezes na pele de um professor de história, o capitão acaba por se identificar com o homem, não por sua identidade e personalidade, mas em sua vida, na linda Cristina que o acompanha durante a viagem e em seus afazeres.
Evitando spoilers sobre o desfecho, posso assegurar a vocês que o filme surpreende, sim, com uma reviravolta não tão inesperada, mas que foi trabalhada de maneira bastante digna. O roteiro aumenta gradativamente o nível emocional da trama, criando um vínculo entre o telespectador e os atores e prendendo a atenção dos interessados conforme apresenta teorias cada vez mais estranhas, mas que, em suma, parecem se portar como se portariam em nossa realidade. Quando o filme chega ao fim, é inevitável se impressionar com a conclusão, banhada por um sentimentalismo nada forçado. Além de tudo isso, o filme conta com diversas minúcias que somente os mais detalhistas poderão encontrar, mas que deixam tudo ainda mais interessante quando os créditos surgem na tela.
Contra o Tempo é um filme que eu desconhecia, mas que realmente me agradou. Ele prova que as melhores coisas da vida são aquelas que nós desejamos de verdade, com intensidade e força de vontade, e que nada é impossível quando se tem a determinação e a audácia para tentar, arriscando tudo se necessário. É um filme motivacional, portanto, assista-o caso esteja precisando de um empurrãozinho emocional, hehe. Há ação e bons efeitos, mas o longa se destaca principalmente pela trama bem construída e pela atuação dos personagens, nem sempre carismáticos, mas sempre próximos da realidade que tentam demonstrar.
Até a próxima!
Nenhum comentário:
Postar um comentário