domingo, 31 de março de 2013

Resenha - A Origem dos Guardiões



Infelizmente, quando esta animação chegou aos cinemas, eu não pude assisti-la. Tive meus contratempos, e a internet não colaborou com um lançamento rápido, como de costume, então fiquei sem saber a maravilha que reuniria as personalidades Papai Noel, Coelinho da Páscoa, Fada dos Dentes, Sandman e Jack Frost. Hoje, no entanto, tive a oportunidade de me lançar no universo mágico de A Origem dos Guardiões, e cá entre nós, me senti outra vez uma criança na flor da idade, com todos os sonhos aflorados e todas as vontades dispostas a saltar para fora dos olhos e provar que tudo aquilo que desejamos pode ser realidade com uma pontadinha de esforço.



A Origem dos Guardiões é baseada numa série de livros, mas obviamente teve suas modificações para ganhar as telonas. Nesta história, acompanhamos Jack Frost, que até então não era um guardião, em suas desventuras na eterna busca pelo reconhecimento, já que as crianças não podem vê-lo e, assim, não acreditam em sua existência. Com o retorno de Pesadelo, porém, todas as coisas mudam, e o Homem da Lua, a entidade responsável pela escolha dos guardiões destinados a proteger as crianças de todo o mundo, escolhe Jack Frost para integrar o time, coisa que, de início, ele não aceita muito bem, mas logo acaba por se mostrar digno o suficiente para isso.





Junto com os personagens de maior renome está o pequeno Jamie, a parte mais humana da história, responsável por representar as crianças de todo o mundo e suas crenças que fazem dos guardiões assim, tão poderosos. Jamie é um garoto sonhador que, mesmo quando todos os seus amigos insistem em apontar as lendas como grandes mentiras, não deixa de acreditar na existência daqueles que fazem a vida das crianças mais alegres.



A animação passa ensinamentos a todo tempo, essencialmente àqueles que se esqueceram de como sonhar era bom quando crianças! Ali, nas cenas divertidas e tensas (por que não?) de Jack Frost e do Bicho-Papão, os mais esquecidos relembram de uma maneira super delicada o gosto que tinha sonhar, acreditar que todas as histórias contadas pelos pais eram reais e maravilhosas, ficar com medo de monstros que não existiam, esperar por presentes de Natal e por moedas trocadas por dentes embaixo dos travesseiros, procurar por ovos escondidos nos arbustos na Páscoa e sonhar, a melhor parte de todas, sonhar tudo o que há para se sonhar nas noites de descanso. Hoje em dia, infelizmente, tais coisas foram abandonadas, e A Origem dos Guardiões chegou num excelente momento para pregar às crianças da atualidade as coisas mais maravilhosas que a infância do passado reservou para si.



Rise of the Guardians emociona, cativa e encanta, e digo isso por mim, maioritário, mas garanto que adolescentes e crianças vão adorar tudo o que encontrarem por lá da mesma forma! É um filme infanto-juvenil? Talvez. Sabemos que há um certo preconceito quanto a animações, ainda mais aqui no Brasil, mas dê uma chance a esta, eu recomendo, você não vai se arrepender. Ainda mais se você escutou, na sua infância, alguns dos nomes presentes nessa história, e acreditou neles como eu acreditei. É certo afirmar que, para algumas crianças mais frágeis, as cenas do Pesadelo podem parecer assustadoras, mas as cores e a diversão do filme vão cuidar para que seus filhos durmam com sonhos deliciosos no final do dia, podem ter certeza disso!

quinta-feira, 28 de março de 2013

Projeto Multimídia Red Luna



É pessoal, quando eu digo que o Brasil está crescendo no ramo da fantasia, algumas pessoas teimam em não acreditar! Para dar um exemplo grandioso dessa evolução, todo mundo deveria conhecer o projeto Red Luna, uma história fantástica sobre vampiros de três raças, Devas, Varnis e Auras, que acaba de ter o seu primeiro livro publicado pela Editora Gutemberg, acompanhado de uma história em quadrinhos de formato digital, e já tem outros dois livros da trilogia inicial preparados.



Red Luna é um projeto multimídia, ou seja, ainda veremos mais quadrinhos, e quem sabe até mesmo jogos e outros tipos de histórias, já que o cenário é imenso e o roteiro criativo e bem trabalhado pode render frutos inimagináveis! Se você ainda não conhece o projeto, dê uma olhada na PÁGINA DO FACEBOOK do Red Luna, ou mesmo no SITE OFICIAL. Se deseja adquirir o primeiro livro da trilogia, A Biblioteca de Czar, recomendo comprá-lo na SARAIVA. Só não deixe de conferir o Universo Red Luna e apoiar essa iniciativa grandiosa que os desenvolvedores tiveram!






quarta-feira, 27 de março de 2013

Conto - Fada do Dente



Aquela coisinha me irritava profundamente.
Antes, doía. Agora, depois de tanto tempo (um tempo que eu sequer sabia contar, na verdade, pois poderiam ser dias, semanas, meses, mas eu acreditava que eram muitos e muitos anos), eu já estava acostumada. A dor não era mais um problema, não mesmo. O problema era aquele barulho, aquele ruído miúdo e trágico, capaz de me recordar, a todo momento, o quão fraca eu era para sofrer horrores nas mãos de uma criaturinha tão ridícula.
Amarrada como eu me encontrava, acorrentada pelas mãos e pelas pernas num cômodo escuro, como o quarto de um sequestrador, eu sentia meus músculos palpitarem. Às vezes, no silêncio musical da minha loucura, podia acreditar que ainda havia esperanças. Era um pensamento frágil, delicado e tolo, mas às vezes ele surgia e, por trás de meus olhos já acostumados à escuridão, eu via a luz do sol, aquela luz que entra pelas frestas das janelas e portas abertas, a luz que eu já não via há semanas.
Então as grades se abriam, e ela chegava.
Era tão pequena que eu me sentia insignificante. Pequena em proporções, sim, possivelmente menor do que meu antebraço, mas dotada de uma força colossal. Se eu contasse, ririam de mim na escola, em casa e em qualquer outro lugar, então eu jamais contaria. Não teria oportunidade, de qualquer maneira. Não mais. Mas eu não contaria, mesmo que pudesse. Seria humilhante para mim, para todos. Humilhante demais.
Ela me parecia um pássaro com pernas e braços, azul, ou verde, ou de ambas as cores e muitas outras. Com o tempo, na escuridão, perdi a noção de como diferenciar as cores. Era tudo preto, e o resto, não preto. Tinha outra cor, mas para mim era somente o escuro e o claro. Ela era clara, não preta, mas poderia ser das cores do arco-íris. Tanto faz. Com suas asas de penas e membranas, ela voejava, sempre risonha, como uma hiena do tamanho de uma mão, talvez menor. Seus olhos, tão pequenos que eu mal os via, fixavam meu rosto com uma feitiçaria macabra e apavorante, e ela ria, sem dente algum, e eu também ria, com os dentes que me restavam.
E aí ela arrancava mais um deles com as suas mãozinhas, e eu sangrava mais uma vez, mais um dia, e meu corpo todo latejava na amargura de existir. Depois ela ia embora, sem falar nada. Antes de sair, no entanto, jogava uma moeda, e ela se empilhava nas centenas que jaziam no canto de minha prisão.
Eu me arrependi de escutá-los. Acho que todo mundo se arrepende um dia de ter escutado alguém, alguém que disse alguma coisa que, naquele instante, pareceu vantajosa, mas logo depois se mostrou a pior das situações. E, como todo mundo, eu me arrependi também. Eles me disseram que ela traria uma moeda, e eu acreditei. Quando o primeiro de meus dentes caiu, eu o coloquei sob o travesseiro, como disse minha família. É só um dente, pensei. Por só uma moeda.
Vale a pena, não vale?
Desde então, sou alimento, sou presa, sou um depósito que mata a fome a qualquer hora. Não sou a única, eu acho. Tem dias que eu escuto alguns gritos, gritos agudos, como os meus um dia foram. Sei que aquelas pessoas vão sofrer o que eu sofri, e depois se acostumar. Em tempos, vão parar de gritar, mas não de sofrer. E vão se arrepender, como eu me arrependi.
Elas, assim como eu, nunca mais vão desejar receber uma moeda da fada dos dentes.

sábado, 23 de março de 2013

A Garota que não Sonhava



Postagem curtinha, só pra divulgar o meu mais novo trabalho: A Garota que não Sonhava. Trata-se de um livreto infantil, com suas 50 páginas, que conta a história de Luana, uma garota que, até então, nunca teve um sonho em sua vida. Para ajudá-la, Sonhador, o filho de Morfeu, Rei dos Sonhos, recebe a missão de aprender as funções de seu pai, e é aí que toda a história tem início.


Confesso que adorei cada instante que passei escrevendo A Garota que não Sonhava. Sério, foi uma experiência fascinante me voltar para as crianças com os textos, tentar manter a escrita o mais simples possível, complicando vez ou outra só para auxiliá-los no aprendizado, colocando uma palavra nova aqui, outra ali, uma expressão mais complexa perdida no meio da simplicidade, coisas do tipo. Foi muito bom, e a todos escritores que nunca tentaram algo assim, recomendo que tentem, é uma coisa muito bacana! Recebi essa semana alguns exemplares em casa, e a qualidade da Liro se mostrou impressionante, eles estão de parabéns! E que essa seja somente a primeira de muitas histórias infantis que nascerão à frente!


sexta-feira, 15 de março de 2013

Filmes - Oz: Mágico e Poderoso

  

Não, o Homem de Lata não estava lá. Ele e os outros personagens da história original do Mágico de Oz foram deixados para trás em prol de uma segunda iniciativa: apresentar uma origem para o cenário dos tijolos amarelos, contar os primórdios das bruxas, do mágico e da Cidade de Esmeralda.
E o resultado dessa ideia foi absolutamente fantástico!
Oz: Mágico e Poderoso, que estreou no dia 8 de março de 2013, é um filme bastante criativo. Sua atuação não é exuberante, mas os atores e as atrizes se destacam em certas sequências. Eu ainda acho estranho ver o tal mágico de Oz e enxergar o filho do Duende Verde da primeira trilogia do Homem-Aranha, mas enfim, ele aprendeu bem protagonizando Planeta dos Macacos - A Origem, e agora ampliou ainda mais sua interpretação. De resto, no que diz respeito à atuação, nada de mais ou de menos, somente a velha qualidade típica do cinema atual.
Agora, vamos falar do que interessa: originalidade.



O cenário, ah sim, o cenário deste filme é coloridamente cativante! De flores enormes e cores vibrantes a borboletas que se portam como folhas de uma árvore escarlate, passando por macacos voadores, babuínos morcegos, uma cidade de pessoas de porcelana e voos em bolhas de sabão, tudo está lá, magicamente funcional e impressionante, com efeitos agradáveis e uma magia única, capaz de admirar dos mais novos aos mais velhos espectadores do filme. Assistir a todo aquele mundo ganhar forma no telão do cinema foi simplesmente fabuloso, e a própria estrada dos tijolos amarelos, imensa e dourada como sempre, destacou-se como um local belíssimo, ainda que simples.



Mas e o roteiro? Tratando sobre Oz, um mágico de circo que não passa de um vigarista ambicionando por destaque e dinheiro, vemos um de seus espetáculos, em que ele engana mais pessoas, dar errado. Quando ameaçado por um dos participantes do circo, Oz foge num balão que acaba por ser capturado por um furacão colossal, e é este tufão que o leva ao mundo que tem seu nome. Lá, Oz é o cara de uma profecia antiga, a qual dizia que um mágico viria de outro mundo, caindo do céu, para salvar a Cidade de Esmeralda da perversa Bruxa Má, tornando-se assim o Rei de Oz, dono de toda a riqueza do reino. Nem preciso dizer quem ficou todo interessado com essa história, não é?



Oz: Mágico e Poderoso é um épico com cenas impressionantes! Nem todas elas precisam de efeitos especiais exuberantes: uma das primeiras cenas, quando Oz realiza seu número de ilusionismo farsante, toca nossos corações quando uma garotinha de cadeira de rodas implora ao mágico para que a faça voltar a andar. Os pais, pobretões do campo, oferecem tudo o que têm nos bolsos pelo milagre, e o mágico é visado como farsante quando se vê incapaz de realizar o desejo da pobre garotinha. É uma sequência tocante, certamente. Além dela, o desfecho, o grande truque do mágico sem magia para contra a vilania da Cidade de Esmeralda, é simplesmente fantástico, mostrando que, quando se tem vontade, nada pode nos impedir de afrontar quaisquer males.
Fica a dica para você que conhece a história original se impressionar mais uma vez com esse universo fabuloso. E, se você não a conhece, assista também, e talvez se inspire a buscar pelos primórdios da terra de Oz. Recomendadíssimo!

quinta-feira, 14 de março de 2013

Tormenta - O Desafio dos Deuses



Pra quem acompanha a internet no aspecto dos jogos de RPG, especialmente os nacionais, não deve ser uma novidade, mas achei digno comentar ainda assim: Tormenta, o cenário de rpg nacional mais evoluído desde sempre, vai ganhar um jogo eletrônico!



Isso, é claro, se todos nós ajudarmos! Com um projeto já habilitado no Catarse, funcionando com base em doações de pessoas que adquirem o jogo (e outros bônus) antecipadamente, a equipe desenvolvedora precisa atingir a meta de 60.000R$ para que a produção saia do planejamento e ganhe a forma física que tanto aguardamos! Até este presente momento, restam 32 dias para o fim do projeto, e a marca de quase 20.000R$ já foi atingida. Resta torcer e esperar que a ideia sensibilize o maior número de rpgistas possível aqui no Brasil (e do exterior também, obviamente).


Já conferiu o projeto? Se sim, agradecemos por incentivar uma das mais belas iniciativas nacionais do mercado nerd. Se não, não perca tempo, dê uma olhada agora mesmo no CATARSE - TORMENTA e encontre o pacote que mais lhe agradar!

Crônica - Sinal de Pipa


Lá estava ele, outra vez.
Tinha nas mãos a linha branca, tomada por cerol de cola de sapateiro, como aprendera com o irmão mais velho antes de perdê-lo. Não havia, porém, outra pipa a irradia no céu; somente o vermelho de sua falsa diversão jazia entre as nuvens, inerte, sem graça, sem nada.
No silêncio emudecido daquela favela, tantos moradores gritavam calados. O garoto, por sua vez, sorria. Ele tinha o dinheiro do dia, mais do que seu pai teria na semana, possivelmente. Junto dele, tinha a liberdade do mundo, a carícia do vento e a graciosidade das nuvens. Às vezes, quando desatento, perguntava-se, confuso, se aquilo haveria de ser suficiente.
Ali, no silêncio dos inocentes, surgiu um homem que trazia consigo o estrondo. Vestia-se na farda cinzenta dos asquerosos, heróis do povo e inimigos de ninguém. Era somente o primeiro de muitos que, naquela tarde, ganhariam o desconhecido território almejado por planos e operações.
A pipa escarlate sacudiu no ar, revolta.
Não era o vento. Era o garoto quem a movia. O sinal no céu era claro, e todos os líderes daquele tráfico o viram ilustrar o azul do teto do mundo:
A polícia está aí.

[Baseado na primeira cena do romance Cidade de Deus]

segunda-feira, 4 de março de 2013

Almanaque do Terror


Postagem veloz, apenas para deixar a dica de leitura da semana: Almanaque do Terror, uma publicação da linha Mundo Estranho! Por 10R$ encontrará o melhor nos filmes, jogos e quadrinhos/mangás de terror de todos os tempos, com top 10, sinopses, comentários e diversas curiosidades! De quebra ainda tem um mega tour pelas localidades mais aterrorizantes do mundo. Para quem se interessar, pode encontrar a revista à venda nas melhores bancas do país, ou no site da Editora Abril. Fica a fica!

Filmes - Dezesseis Luas



Sempre gostei de histórias de bruxas. Quando o cenário é bem explorado, nada impede que o roteiro nos apresente as castas e covéns da melhor forma possível, originando assim cenas marcantes e personagens cativantes, imersos na mágica da feitiçaria que nos acompanha desde os tempos antigos. Harry Potter inovou no quesito bruxaria, não preciso nem comentar, mas diversas outras obras mantém a linhagem da magia presente em nosso sangue.
Quando assisti ao trailer de Dezesseis Luas, acreditei que, mesmo focando seu público alvo nos adolescentes fascinados por romances improváveis e ridiculamente fantasiosos, a história poderia agradar àqueles que também admirasse os velhos contos de bruxaria. Depositei algumas fichas no filme que, ao contrário do que a tradução diz, tem ‘Beautiful Creatures’ como título original (e não me perguntem como os brasileiros conseguiram alcançar o título atual). Assim, sentei-me numa cadeira de cinema e assisti mais de duas horas de uma nova história de mágica.
O resultado?
Decepção.
O filme não é de todo ruim, e me sinto no dever de elogiar o que ele tem de melhor. A linhagem das bruxas é apresentada de maneira agradável, tenho de admitir, e alguns efeitos chamam atenção, em especial os furacões mais próximos do desfecho do filme, ainda que em grande parte das cenas os efeitos especiais sejam como defeitos. Há algumas passagens marcantes, bem como frases de impacto e pensamentos reflexivos perdidos no meio de uma baboseira amorosa, e o espectador pode adquirir alguma inspiração de tais cenas.
De resto, é apenas mais uma máquina de dinheiro da geração Crepúsculo.
O romance não é bonito. Tinha tudo para ser, claro, mas acontece rápido demais, de maneira desnaturada e surreal, e os protagonistas sequer parecem se amar tanto quanto dizem! Fiquei com a impressão de que algumas cenas correram demais, enquanto outras, que poderiam ter sido cortadas, mantiveram-se longas e nauseantes. Queria muito, muito mesmo, elogiar a atuação de algum dos atores da obra, mas não me vi satisfeito com nenhum deles. Todos pecam em certas passagens, erram feio nas horas de clímax e não correspondem ao esperado de atores de um filme que fez tanto alarde para estrear. Em algumas cenas é possível ver os atores olhando para as câmeras e, cá entre nós, isso jamais será aceitável no cinema atual.
Dezesseis Luas poderia ter sido muito melhor, infelizmente. Ele tinha tudo para desenvolver um cenário impressionante, e não precisava apelar para duelos fantásticos ou sequências de ação para isso: as bruxas, como os vampiros, podem sediar belíssimas histórias de amor, tenha certeza disso, contanto que a obra esteja nas mãos de alguém que sabe o que está fazendo. A dor da resenha é compreender que os responsáveis pela direção e produção do filme não sabiam nem metade do que estavam fazendo, logo... Bom, veja o resultado por si mesmo, se achar melhor, mas não se empolgue tanto quanto eu. As chances de se decepcionar ainda mais são imensas!
Nota 4 de 10, valorizando por completo os efeitos da tempestade e a originalidade dos trajes e das personalidades das bruxas (que agem como figurantes, infelizmente).

sexta-feira, 1 de março de 2013

Filmes - Tadeo, João e Maria, Citadel e Thale


O prometido era outro, mas ainda tenho que me adequar a certos trajetos do tempo-espaço para que consiga resenhar cada filme e livro que acompanho ultimamente de maneira individual, como feito anteriormente. Ainda assim, quando os instantes permitem, compareço para comentar sobre as obras avaliadas nos últimos dias. Nesta semana que chegou ao fim, quatro filmes fizeram parte da rotina. Foram eles: As Aventuras de Tadeo, João e Maria: Caçadores de Bruxas,  Citadel e Thale. Sem mais demoras, vamos aos comentários individuais.

As Aventuras de Tadeo


Uma animação de qualidade, mesmo que bastante diferente das costumeiras, com as quais temos certa afinidade. Tadeo é um pedrero que sempre sonhou em ser arqueólogo (e até tem certa fixação pela ideia), mas que nunca demonstrou muito talento para a profissão. Acompanhamos suas desventuras conforme Tadeo se envolve com um doutor na descoberta de uma peça valiosa demais para sua compreensão, enquanto vilões ambiciosos buscam de qualquer forma roubar o artefato para chegar à cidade perdida. Tadeo tem diversas passagens cômicas e agradáveis e, apesar de não ser uma das animações grandiosas que temos visto na atualidade, marca presença com um papel bem executado, dublagem de qualidade e risadas dispersas nas horas em que menos se espera.

João e Maria: Caçadores de Bruxas



Sangue e violência, roteiro admirável, ainda que clichê, e muito steampunk num cenário bastante envolvente: é isso o que encontramos em João e Maria: Caçadores de Bruxas, um filme que me agradou a ponto de me lembrar de Van Helsing, que até então tinha um espaço único em mnha mente quanto a filmes de ação e mitologias. Aqui, na fase adulta de suas vidas conturbadas, João e Maria arregaçam as mangas para dizimar hordas de bruxas sanguinolentas, enquanto acompanham os planos macabros de uma tríade de feiticeiras de evitar que o fogo seja capaz de feri-las. Originalidade marcou presença nas cenas em que João se mostra com diabetes, a doença do açúcar, como dita na obra, graças à tonelada de doces que a primeira bruxa, da história original, o fez comer na intenção de engordá-lo. O sangue não é abusivo, ainda que em grande quantidade, mas deixa um certo gostinho da era God of War de ser. Filme recomendadíssimo, capaz de agradar os fãs de cenários medievais, fantásticos e também das ambientações mais obscuras, dotadas de sangue e caos.

Citadel



O terror psicológico nunca esteve tão em alta quanto em Citadel. A obra nos apresenta um jovem que, durante um acidente de percurso, se vê aprisionado num elevador enquanto a esposa sofre agressões por um bando de crianças encapuzadas. Após o incidente, sua esposa fica em coma e ele começa a sofrer de agorafobia, o medo de lugares abertos. É claro que as crianças não são simples crianças, mas ninguém sabe ao certo o que elas são. O único que parece saber disso é um padre das proximidades, mas ele não parece ter uma boa experiência quanto à história da morada das criaturas infantis. O maior destaque do filme fica para as passagens da fobia do protagonista que, cá entre nós, agonizam o espectador, deixando-nos sentir o desconforto da doença do medo quando o vemos trancar as portas inúmeras vezes, agarrar um martelo e dormir no banheiro da própria casa com medo de que algo possa ocorrer. Vale ressaltar que, se o trabalho tem a dose imensa de realismo que apresenta, deve-se ao fato de que o diretor do filme criou a ideia com base em incidentes de sua própria vida, já que superou a fobia em tempos remotos. Acho que fica mais fácil acreditar na ficção quando ela é criada por alguém que presenciou uma realidade fantástica demais para que outras pessoas possam acreditar.

Thale



Uma produção bem diferente das costumeiras americanas, com roteiro bem trabalhado, em termos, mas realização um tanto quanto fraca. Tem efeitos bacanas nas criaturas, utiliza-se de uma lenda urbana de locais distantes, o que ajuda na originalidade da obra, mas peca no desenvolvimento das cenas, o que acaba por deixar o filme parado demais, espantando possíveis espectadores que aguardarem por ação ou suspense acima da média, como estamos acostumados a ver. Serve bem pra nos ensinar um pouco sobre as Thales, umas criaturas bizarras que parecem mulheres decrépitas com caudas, mas de resto acaba se tornando um filme sem muito pra chamar atenção.



E é isso aí, galera, quatro filmes resenhados para o blog, e em breve essas páginas terão muito mais conteúdo para vocês. Espero que a postagem possa ajudá-los a escolher um filme para o fim de semana. Vale lembrar que também revi os grandes Vingadores e Hotel Transylvania, ambos excelentes! Bons filmes a todos!