Não, o Homem de Lata não estava lá. Ele e os outros personagens da história original do Mágico de Oz foram deixados para trás em prol de uma segunda iniciativa: apresentar uma origem para o cenário dos tijolos amarelos, contar os primórdios das bruxas, do mágico e da Cidade de Esmeralda.
E o resultado dessa ideia foi absolutamente fantástico!
Oz: Mágico e Poderoso, que estreou no dia 8 de março de 2013, é um filme bastante criativo. Sua atuação não é exuberante, mas os atores e as atrizes se destacam em certas sequências. Eu ainda acho estranho ver o tal mágico de Oz e enxergar o filho do Duende Verde da primeira trilogia do Homem-Aranha, mas enfim, ele aprendeu bem protagonizando Planeta dos Macacos - A Origem, e agora ampliou ainda mais sua interpretação. De resto, no que diz respeito à atuação, nada de mais ou de menos, somente a velha qualidade típica do cinema atual.
Agora, vamos falar do que interessa: originalidade.
O cenário, ah sim, o cenário deste filme é coloridamente cativante! De flores enormes e cores vibrantes a borboletas que se portam como folhas de uma árvore escarlate, passando por macacos voadores, babuínos morcegos, uma cidade de pessoas de porcelana e voos em bolhas de sabão, tudo está lá, magicamente funcional e impressionante, com efeitos agradáveis e uma magia única, capaz de admirar dos mais novos aos mais velhos espectadores do filme. Assistir a todo aquele mundo ganhar forma no telão do cinema foi simplesmente fabuloso, e a própria estrada dos tijolos amarelos, imensa e dourada como sempre, destacou-se como um local belíssimo, ainda que simples.
Mas e o roteiro? Tratando sobre Oz, um mágico de circo que não passa de um vigarista ambicionando por destaque e dinheiro, vemos um de seus espetáculos, em que ele engana mais pessoas, dar errado. Quando ameaçado por um dos participantes do circo, Oz foge num balão que acaba por ser capturado por um furacão colossal, e é este tufão que o leva ao mundo que tem seu nome. Lá, Oz é o cara de uma profecia antiga, a qual dizia que um mágico viria de outro mundo, caindo do céu, para salvar a Cidade de Esmeralda da perversa Bruxa Má, tornando-se assim o Rei de Oz, dono de toda a riqueza do reino. Nem preciso dizer quem ficou todo interessado com essa história, não é?
Oz: Mágico e Poderoso é um épico com cenas impressionantes! Nem todas elas precisam de efeitos especiais exuberantes: uma das primeiras cenas, quando Oz realiza seu número de ilusionismo farsante, toca nossos corações quando uma garotinha de cadeira de rodas implora ao mágico para que a faça voltar a andar. Os pais, pobretões do campo, oferecem tudo o que têm nos bolsos pelo milagre, e o mágico é visado como farsante quando se vê incapaz de realizar o desejo da pobre garotinha. É uma sequência tocante, certamente. Além dela, o desfecho, o grande truque do mágico sem magia para contra a vilania da Cidade de Esmeralda, é simplesmente fantástico, mostrando que, quando se tem vontade, nada pode nos impedir de afrontar quaisquer males.
Fica a dica para você que conhece a história original se impressionar mais uma vez com esse universo fabuloso. E, se você não a conhece, assista também, e talvez se inspire a buscar pelos primórdios da terra de Oz. Recomendadíssimo!
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