segunda-feira, 4 de março de 2013

Filmes - Dezesseis Luas



Sempre gostei de histórias de bruxas. Quando o cenário é bem explorado, nada impede que o roteiro nos apresente as castas e covéns da melhor forma possível, originando assim cenas marcantes e personagens cativantes, imersos na mágica da feitiçaria que nos acompanha desde os tempos antigos. Harry Potter inovou no quesito bruxaria, não preciso nem comentar, mas diversas outras obras mantém a linhagem da magia presente em nosso sangue.
Quando assisti ao trailer de Dezesseis Luas, acreditei que, mesmo focando seu público alvo nos adolescentes fascinados por romances improváveis e ridiculamente fantasiosos, a história poderia agradar àqueles que também admirasse os velhos contos de bruxaria. Depositei algumas fichas no filme que, ao contrário do que a tradução diz, tem ‘Beautiful Creatures’ como título original (e não me perguntem como os brasileiros conseguiram alcançar o título atual). Assim, sentei-me numa cadeira de cinema e assisti mais de duas horas de uma nova história de mágica.
O resultado?
Decepção.
O filme não é de todo ruim, e me sinto no dever de elogiar o que ele tem de melhor. A linhagem das bruxas é apresentada de maneira agradável, tenho de admitir, e alguns efeitos chamam atenção, em especial os furacões mais próximos do desfecho do filme, ainda que em grande parte das cenas os efeitos especiais sejam como defeitos. Há algumas passagens marcantes, bem como frases de impacto e pensamentos reflexivos perdidos no meio de uma baboseira amorosa, e o espectador pode adquirir alguma inspiração de tais cenas.
De resto, é apenas mais uma máquina de dinheiro da geração Crepúsculo.
O romance não é bonito. Tinha tudo para ser, claro, mas acontece rápido demais, de maneira desnaturada e surreal, e os protagonistas sequer parecem se amar tanto quanto dizem! Fiquei com a impressão de que algumas cenas correram demais, enquanto outras, que poderiam ter sido cortadas, mantiveram-se longas e nauseantes. Queria muito, muito mesmo, elogiar a atuação de algum dos atores da obra, mas não me vi satisfeito com nenhum deles. Todos pecam em certas passagens, erram feio nas horas de clímax e não correspondem ao esperado de atores de um filme que fez tanto alarde para estrear. Em algumas cenas é possível ver os atores olhando para as câmeras e, cá entre nós, isso jamais será aceitável no cinema atual.
Dezesseis Luas poderia ter sido muito melhor, infelizmente. Ele tinha tudo para desenvolver um cenário impressionante, e não precisava apelar para duelos fantásticos ou sequências de ação para isso: as bruxas, como os vampiros, podem sediar belíssimas histórias de amor, tenha certeza disso, contanto que a obra esteja nas mãos de alguém que sabe o que está fazendo. A dor da resenha é compreender que os responsáveis pela direção e produção do filme não sabiam nem metade do que estavam fazendo, logo... Bom, veja o resultado por si mesmo, se achar melhor, mas não se empolgue tanto quanto eu. As chances de se decepcionar ainda mais são imensas!
Nota 4 de 10, valorizando por completo os efeitos da tempestade e a originalidade dos trajes e das personalidades das bruxas (que agem como figurantes, infelizmente).

2 comentários:

  1. Eu já sabia que seria decepcionante xD mas discordo do negócio sobre produção e direção do filme. Ele foi feito assim pq quiseram e exatamente para ser assim. Ele não foi feito para chamar atenção de pessoas que tenham mentalidade de escritor (ou criativa o suficiente) para criticar atuação ou efeito ...ou sei lá xD Ele foi feito para fãs de Crepúsculo que não têm mais o que assistir e não conseguem se satisfazer com suas vidinhas reais, pq eles querem o que não existe. Isso até chegar o novo filme do livro (lixo) da Meyer...The Host. xD Pena que aquela atriz que eu amo fará o papel principal u.u (sorte dela, vai ficar famosa xD).
    Eu sei de uma coisa...minha mãe é maluca por crepúsculo e dormiu no filme "Dezesseis Luas"...nem imagino como possa ser o pavor do filme então xD

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  2. Pois é, também tive vontade de dormir, mas achei sacanagem com o dinheiro da entrada, haha. E realmente, acho que uma das piores sensações da noite em que assisti Dezesses Luas foi encontrar próximo ao cinema o cartaz de 'A Hospedeira', da Meyer, e saber que mais um punhado de alucinados vão se converter para esse gênero meio doido. Essa mulher deve ter algum poder especial, tipo um sugador de cérebros, sei lá, kk.

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