quarta-feira, 12 de junho de 2013

De Engenheiros a Projetistas - Introdução


Não é segredo para ninguém que eu, Rodolfo Santos, proprietário do blog Elhanor, sou vidrado nas músicas dos Engenheiros do Hawaii. Admiro o trabalho do Gessinger e de seus diversos companheiros há muitos anos, mas durante muito tempo, foi só o que fiz: admirar. Recentemente, tive a ideia de criar um projeto diferente. Algo como uma homenagem à banda, mas do meu jeito. Infelizmente, não sei tocar nenhum instrumento, o que me amargura profundamente, então tinha que pensar em outra coisa... e por que não escrever, quando escrever é o que, acredito eu, faço de melhor? Daí surgiu a ideia para 'De Engenheiros a Projetistas', um projeto que visa apresentar trechos das músicas dos Engenheiros do Hawaii e reflexões de minha autoria, criadas com base no som apresentado, bem como nos pensamentos que tal música me proporcionou. Já existe, no facebook, uma página de minha autoria, intitulada 'Somos o que há de melhor', onde os primeiros textos já foram postados. Agora, no entanto, trarei o projeto também para o blog, e espero que curtam!
Começando, obviamente, com a introdução!

INTRODUÇÃO

UM DIA ME DISSERAM QUE AS NUVENS NÃO ERAM DE ALGODÃO.
Foi quando eu me encontrei. Na verdade, foi quando eu encontrei muita coisa. Aquelas frases, aquelas reflexões, tudo embalado numa melodia encantadora que chegava a arrepiar de tão profunda. Eu ainda não era um seguidor DE FÉ, nem mesmo um DOM QUIXOTE, mas eu estava lá, ouvindo. Talvez houvesse 10000 DESTINOS reservados para mim e, naqueles NOVOS HORIZONTES, eu sempre estaria como NAU À DERIVA. Mas eu os ouvi, e me deixei levar pela NUVEM PASSAGEIRA. Eles se diziam engenheiros, construtores, e eu acreditei, pois NUNCA SE SABE.
A PROMESSA era simples: através da música, tocar e retocar, mudar e permanecer, deixar A VERDADE A VER NAVIOS. Aqueles eram OUTROS TEMPOS, e eu não tinha certeza do que viria a seguir. Agora, no entanto, eu sei muito bem que, mesmo sem perceber, tinha os OLHOS ABERTOS.
Os Engenheiros do Hawaii apareceram na minha vida quando eu já era um adolescente repleto de rebeldia. Por sorte, não fui carregado pela maré tristonha da música contemporânea, e através de minha irmã mais velha alcancei a profundidade musical dessa banda que até hoje me inspira e fascina. Sou um fã novo, se comparar-me à idade da banda, mas sou um fã que admira o trabalho de todos aqueles que fazem, fizeram ou (se tudo correr bem) farão parte dessa banda instigante! É por isso que, sem POSE ou CAMUFLAGEM, decidi que precisava homenageá-los, mas da minha maneira.
É certo que nada do que eu pudesse fazer seria o suficiente para agradecer tudo o que aprendi na CRÔNICA que vivi ao lado dos Engenheiros. PRA SER SINCERO, eu mesmo não sei o quanto aprendi: se a vida é assim, um QUEBRA-CABEÇA ou uma REALIDADE VIRTUAL, temos que ser o REI DO BARALHO. Podemos passar DUAS NOITES NO DESERTO, até mais, seguir pela INFINITA HIGHWAY, atravessar o DESERTO FREEZER e chegar em casa somente na SEGUNDA-FEIRA BLUES, sem FÉ NENHUMA, quem sabe, mas temos que fazer tudo isso de cabeça erguida. Eles ensinam, eles aprendem, eles estão sempre ali, presentes, em ROTA DE COLISÃO.
Olhando para trás, aquele adolescente que viveu a experiência de escutar os Engenheiros pela primeira vez ERA UM GAROTO QUE COMO EU tinha sonhos e vontades. Hoje, a vontade é homenagear, mesmo que eu seja HUMANO DEMAIS. Mas como homenagear uma banda se eu sequer sou músico?
Aí entra o sonho de escrever. Eu sempre gostei, sempre me joguei nas ETERNAS ONDAS da escrita e dos rabiscos. Pode parecer ILUSÃO DE ÓTICA, mas logo o LANCE DE DADOS se tornou VIDA REAL. Se eu não posso tocar para homenagear, que eu então escreva, como sempre quis. Que escreva para agradecer, para consagrar, para idolatras, mas que escreva em nome de cada um, de todos aqueles que cantaram e escreveram antes as letras que até hoje me fazem respirar a filosofia de uma vida nada filósofa.
E é MELHOR ASSIM, entre MORRER DE RIR e NUNCA MAIS PODER. Carrego esse gosto pelos Engenheiros NA VEIA, certamente ATÉ O FIM, compreendendo cada vez mais que NINGUÉM = NINGUÉM, que NO INVERNO FICA TARDE MAIS CEDO e que O PAPA É POP. ONDE MENOS SE ESPERA, pode ser que encontremos O OLHO DO FURACÃO, e que seja ele melódico como um REFRÃO DE BOLERO, pra que eu possa pegar o TREM DAS SETE e embarcar nesse TÚNEL DO TEMPO. Que as VÁRIAS VARIÁVEIS dessas palavras agradem NA PAZ E NA PRESSÃO, e que possam tocar, mesmo que um pouco, aqueles que tocaram ou que foram tocados pelas letras dos Engenheiros do Hawaii.
Atrás dos MUROS E GRADES, muito além do MUSEU DE CERA, vocês encontrarão histórias feitas por FUSÃO À FRIO, pequenos contos de FAZ DE CONTA, e cada um deles, acompanhado de uma das músicas dos Engenheiros, tentarão, nestas e em OUTRAS FREQUÊNCIAS, criar uma PERFEITA SIMETRIA. São textos singelos, SIMPLES DE CORAÇÃO, mas nesta TERRA DE GIGANTES todas as VOZES se guardam SOB O TAPETE. Que possam as minhas histórias trespassar o CORAÇÃO BLINDADO deste nosso mundão e, ALÉM DA MÁSCARA, que venha o ALÍVIO IMEDIATO. Afinal de contas, encontramos o ARAME FARPADO, POR ACASO, ONDE MENOS SE ESPERA, então que a dor seja BREVE, PRA FICAR LEGAL.
Obrigado, Engenheiros, por todos os ensinamentos que, em suas letras, encontrei. E, se antes foram Engenheiros, que hoje eu seja um simples Projetista, mas que deixe minha marca, simplória e CINZA, na SALA VIP das TRIBOS E TRIBUNAIS.
O MEDO NOS LEVA TUDO, SOBRETUDO A FANTASIA, então que não haja medo algum, nem mesmo do escuro, pois QUANDO O NEON É BOM, TODA NOITE É NOITE DE LUAR. Às vezes, ENTRE OS OUTROS E VOCÊS, EU ME SINTO UM ESTRANGEIRO, mas basta um piscar de olhos para entender a realidade que nos cerca: ELES QUEREM TE VENDER, ELES QUEREM TE COMPRAR, e cabe a você, e somente a você, respirar fundo e se reerguer diante das dificuldades. Afinal de contas, SE NÃO FOR POSSÍVEL, A GENTE TENTA, duas ou mil vezes, até conseguir.


Confira aqui o primeiro texto do projeto, Muros e Grades!

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