Até a próxima.
Altair
e o Escorpião
Derek
não gostava de sua vida.
Sempre
fora um garoto agitado, repleto de amigos, adorado pela família. Queria mais.
Queria aventura, empolgação, histórias para contar para seus netos. Não teria
isso em casa, portanto não gostava de sua vida. Precisava mudar tudo, jogar a
calmaria para os ares, sentir o sabor da adrenalina.
Agora
que sentia, tinha vontade de vomitar.
“Certo,
vamos ver se eu entendi.”
Estava
escondido atrás de árvore, arfando, o cabelo preso num rabo-de-cavalo malfeito.
Tinha nas mãos uma espada longa e afiada, cintilando num verde brilhoso e
atraente.
“Esta
arma em minhas mãos é uma Gier, que seria algo similar a uma manifestação de
sua forma astral aqui no nosso mundo. É isso mesmo, Kiara?”
“Tecnicamente.
Agora que você concluiu seu Reiseziel, já pode ser considerado um Vongeist e,
para isso, tem de ter a sua arma. Eu sou sua espada, Derek. Estarei ao seu lado
a todo momento.”
“E
com ela eu posso vencer esses monstros estranhos?”
“Tecnicamente.”
“Por
que tudo é tecnicamente?”
“Porque
depende de você.”
“Era
esse o meu medo.”
As
árvores ao seu redor foram devastadas por uma pancada veloz, a madeira plantada
foi cerrada ante uma lâmina poderosa. O monstro que o perseguia parecia um
polvo, mas cada um de seus tentáculos era serrilhado, movia-se como uma
serra-elétrica, destruía.
Derek
respirou fundo.
“Grandão,
olhe para cá!” Sacudiu sua espada no alto. “Você nunca será capaz de derrotar o
grande Derek!”
A
criatura firmou os membros na terra deformada, aproximou-se de Derek, grunhiu
com tamanha intensidade que o garoto foi arremessado para trás, chocando-se
contra a parede de uma casa, que trincou.
Ergueu-se.
“É
melhor chamar esse tal de grande Derek para nos ajudar”, zombou Kiara.
“Engraçadinha.”
Derek
fugiu, pois aquilo era o melhor que poderia fazer naquele momento. Ainda não
entendia seus poderes, ainda não sabia usar sua arma. Era uma criança numa
batalha de titãs. Aceitou a oferta de Kiara por ter um desejo a ser feito, mas
não sabia que seria tão perigoso. Naquele ponto, pensava se realmente valera a
pena.
Como
as coisas poderiam piorar?
Fácil:
quando um segundo monstro cai à sua frente, perseguindo um Vongeist tão
inexperiente quanto ele próprio.
***
Dylan
viu-se morrer dez vezes, uma para cada andar que passou em queda. Quando se
aproximou do solo, fechou os olhos, esperou pela dor infernal que levaria suas
pernas, mas ela não veio. Estava de pé, num pouso preciso, pronto para
enfrentar o ser que rugia atrás de si.
Talvez
não tanto. Ao menos, estava pronto para fugir, se necessário.
“Eu
sobrevivi a uma queda de onze andares!”, repetia para si mesmo, enquanto
corria. “As coisas realmente estão ficando estranhas.”
“Já
disse, você não é um humano comum, Dylan. Não tem de se preocupar com essas
limitações. Você é um Vongeist agora.”
“Como
se fosse fácil se acostumar assim!”
“Cuidado!”
Dylan
saltou, tinha reflexos apurados graças ao Armor Boxing, evitou a morte iminente
ao se esquivar de uma pancada violenta.
“Que
monstro é esse?”
“É
um Guardião.”
“Um
Guardião?”
“Sim.
Sempre que Juno está presente, estes monstros aparecem, protegendo-a. Ela sabe
que é desejada, muita gente se envolve nesta caça. Os Guardiões a defendem dos
Vongeist e dos demais interessados em suas recompensas.”
“E
o que devemos fazer com esse Guardião?”
“Enfrentá-lo
seria uma boa opção.”
Dylan
parou, ergueu os punhos. As luvas cintilaram. O felino rugiu, e isto foi o
bastante para forçá-lo a voltar a fugir.
“Impossível,
eu sinto muito.”
“Você
tem que enfrentar esse Guardião, Dylan. Você pode vencê-lo, não se deixe
amedrontar! Estou ao seu lado, na forma de luvas especiais, canalizadoras de
energia. Chame-as de Gier. Elas são as responsáveis por seu Seiren!”
“Meu
o quê?”
“Sua
energia!”
“Ah,
claro.”
O
felino saltou, Dylan se esquivou mais uma vez. Ouviu estrondos à frente, não
podia parar para pensar. Continuou a correr. Esquivou-se de um terceiro ataque,
viu um homem correr. Carregava uma espada.
Atrás
dele, um monstro tão enorme e bizarro quanto aquele que o perseguia.
Juntos,
ambos tiveram a mesma reação.
“Merda.”
“Quem
é você?”
“Meu
nome é Dylan, e o seu?”
“Eu
sou Derek! Você também tem uma Gier?”
“O
quê?” Lembrou-se das luvas. “Ah, sim, tenho. Sabe enfrentar essas coisas?”
“Nem
imagino. Sabe correr?”
Fez
que sim.
“Então
corra!”
***
A
Gier de Allana era uma lança muito maior que os seus braços.
Ela
não sabia lutar com precisão, não era a melhor dos Vongeist. Todos eram
iniciantes, e assim era ela também, recentemente descobrindo seus poderes. A
diferença é que Allana não tinha medo. Não tinha nada a perder. Em sua mente,
nada era insubstituível, nada era grandioso demais a ponto de não ser trocado
por algo de maior valor. O mundo era apenas ela, e Liam. Nada mais era
necessário.
Pisava
no corpo de um Guardião, fulminado por seu Seiren.
“Você
foi muito bem, irmãzinha.”
“Graças
a você, Liam.”
“Essa
vitória é sua. Não posso nem mesmo dividir as gratificações por seu talento.
Vamos continuar assim, derrubar todos aqueles que entrarem em nosso caminho!
Vamos comemorar juntos quando a vitória completa for nossa, quando tivermos
Juno somente para nós!”
“Liam,
Liam, não seja precipitado! Ainda temos um longo caminho para percorrer! E você
sabe, existem muitos outros Vongeist por aí.”
Passando
por uma rua turbulenta, Allana viu Derek e Dylan fugindo. Riu alto.
“Mas
nenhum deles é valente como você, irmãzinha.”
“Talvez
não sejam mesmo.”
“Nossa
preocupação não são os Vongeist. Os outros são muito piores.”
“Aquelas
pessoas da Vergess?”
“Exatamente.
Elas são as piores. Não são inexperientes, Allana, e são cruéis. Você tem que
tomar muito cuidado com elas!”
“Espere!”
Allana ergueu um dos braços, farejou o ar. Algo estava diferente. Algo cheirava
a entidade. “Juno está aqui. Ela está
por perto!”
“Isso
explica os Guardiões!”
“Vamos
atrás dela!”
E
foram. Alguém a observava.
Davinia
deixou seu esconderijo sem se preocupar. Era talentosa, especialista em se
esconder. Evitou durante anos a perseguição de Kilian, muito mais atento e
poderoso do que uma simples Vongeist.
Mas
aquela não era uma simples Vongeist.
“Aquela
garota me é familiar.”
“Vai
persegui-la?”
Davinia
nunca era pega de surpresa. Sempre sabia quem estava por perto, quem estava ao
seu lado, quem estava a seguindo. Somente uma pessoa era capaz de surpreendê-la
daquela maneira.
“Altair.”
“Você
nunca consegue me pressentir, não é?”
Altair
saiu das sombras. Parte homem, parte ave, camuflava-se na escuridão com suas
penas escuras, os olhos de rapina sempre prontos para avistar qualquer coisa.
“Sei
que é você quando sinto o cheiro de pássaro.”
“Tenho
andado perfumado, Davinia. Não venha me zombar por mau-cheiro. Voltando ao
nosso assunto: não vai persegui-la?”
“Não
sei quem ela é. Tenho a estranha sensação de familiaridade, mas não me
recordo.”
“Que
pena. Te ajudaria, mas tenho outra pessoa para observar.”
“Um
Vongeist?”
“Sim.
Uma herança.”
Davinia
se espantou.
“Herança?”
“Exato.
Muito me interessa este garoto. Quem sabe não possa lhe ensinar algumas coisas?
Se seguir os passos dos pais, certamente terá potencial. Vamos ver o que o
futuro nos reserva.”
Altair
acenou uma última vez, então deu as costas a Davinia.
“Espere.”
“Pois
não?”
Davinia
hesitou.
“Você
nunca mais a viu, Altair? Nunca mais ouviu falar de seu paradeiro?”
Altair
pareceu perturbado, mas disfarçou. Era excelente em disfarce.
“Se
está se referindo a Alicia, não. Infelizmente, nunca mais ouvi falar dela.
Acredito que tenhamos de aceitar sua perda, Davinia. Já faz muito tempo. As
coisas não costumam ser assim.”
Despediu-se
e desapareceu nas sombras, deixando Davinia cabisbaixa.
***
Dylan
e Derek estavam cercados.
Fugiram
até que suas pernas não mais lhe respondessem, em vão. Não conseguiram
despistar os Guardiões, nem mesmo os cansaram. Estavam lá, o felino de três
caudas e o polvo de tentáculos serrilhados, bizarros e assustadores,
ameaçando-os com suas presenças.
“O
que faremos agora?”
Dylan
ergueu os punhos.
“Ah,
claro, a melhor das decisões! Vamos socá-los até a morte, como se fôssemos
campeões de Armor Boxing!”
“Eu
sou um campeão.”
“Como
disse? Espera aí, Dylan? Dylan Lorenzo? Não acredito, cara, você é uma lenda de
Ylenia!”
“E
de que adianta me dizer isso agora?”
“Realmente.”
O
monstro de diversas caudas se aproximou num ataque, Dylan se defendeu.
Empurrou-o para trás com as mãos, usando uma força superior à costumeira.
Esperou pelo próximo golpe, tentou se concentrar, ver tudo em câmera lenta,
como sempre fizera com seus adversários. Falhou. O golpe o atingiu em cheio,
mas não o derrubou. Resistindo à pancada, Dylan se livrou da pata, abrindo a
guarda da criatura. Esticou o braço ao limite, despejou-o como um martelo, o
impacto estrondou.
Não
foi o suficiente.
“Merda.”
“Não
pode enxergar essas criaturas do mesmo modo que enxerga os homens, Dylan”,
alertou Oriol, um pouco tarde. “Eles são superiores, imunes a esse tipo de
efeito.”
“O
que sugere?”
“Que
aprenda a usar sua verdadeira força.”
“Com
quem você está falando?”, perguntou Derek.
“Com
o meu Uberein. Você não tem um?”
“Tenho,
mas não sabia que você tinha. Eles são estranhos, não é?”
Ambos
precisaram se jogar para os lados para evitar a destruição criada por
tentáculos descontrolados.
“Vamos
deixar a conversa para depois. Precisamos pensar em algo, e rápido!”
“Por
que estão assustados?”
Os
Guardiões cessaram os ataques. Era como se tivessem encontrado um brinquedo
melhor para golpear, um oponente mais digno de suas forças. Dylan e Derek
viram, ao mesmo tempo, um homem se aproximar do outro lado da rua. Parecia
comum, de pele bronzeada e exótica, mas logo perceberam que ele tinha penas.
“Os
Guardiões, assim como muitos outros seres, usam do medo de seus adversários
para se fortalecerem.”
“Quem
é você?”, perguntou Dylan.
“Não
estaria preocupado com o nome de quem pretende me salvar. De qualquer forma, me
chamo Altair. É um prazer conhecê-los.”
E,
dizendo isso, exterminou as duas criaturas num piscar de olhos.
“O
que aconteceu?!”
Derek
parecia impressionado. Era impossível entender o que aquele homem-ave fizera
aos monstros, mas ambos os corpos grotescos e poderosos estavam lá, partidos ao
meio por uma força maior.
“Já
enfrentei muitos Guardiões em minha vida, meu amigo. Estes dois não foram os
piores, nem de longe!”
“Obrigado
por nos salvar, Altair.”
“Sem
problemas. Agora, será que eu poderia saber o nome de vocês?”
“Me
chamo Dylan Lorenzo.”
“Sou
Derek Renesmee.”
Altair
refletiu consigo mesmo. Suas suspeitas estavam corretas.
“Pois
bem, sejam bem-vindos ao novo mundo, garotos. Sei que não deve ser fácil
acreditar em todas essas coisas de imediato, mas vocês vão se acostumar. Sei
como funciona. Experiência própria.”
“Você
também é um Vongeist, Altair?”, perguntou Derek, curioso.
“Creio
que não. Sou algo diferente de um
Vongeist. Estamos envolvidos nas mesmas situações, entretanto.”
Dylan
sentia algo estranho em relação àquele homem.
“Por
que nos ajudou?”
“Preferia
que eu tivesse os abandonado para morrer?”
Obviamente
não, mas algo estava errado. Fugir em conjunto parecia uma boa opção, mas
ajudar os outros? Se Dylan estava entendendo bem aquela situação, apenas uma
pessoa era capaz de alcançar Juno, o maior objetivo daquela loucura toda. Por
que uma pessoa ajudaria outra, sabendo que estaria preservando concorrência para
dias futuros? Era algo estranho para se imaginar, mas Dylan não conseguiu se
livrar daquele tipo de pensamento.
“Não.
Agradeço mais uma vez.”
Altair
sorriu. Era estranho ver um meio-pássaro sorrir daquele jeito.
“É
uma pena, mas Juno já se foi. Não a encontraremos esta noite.”
“O
que deve ser algo bom!”, Derek pensou alto. “Teremos algum tempo para pensar,
acredito.”
“Praticamente.
Se não se incomodarem, serei voluntário a lhes explicar algumas coisas sobre
Juno e os Guardiões, entre outras dúvidas que possam surgir. Acredito que
estejam confusos, como um dia eu fiquei. Este mundo é complexo e problemático,
muito diferente do que costumamos imaginar. Quando se expande os horizontes, é
difícil aceitar as mudanças. Ficarei feliz se puder ajudar.”
“Seria
de grande valia, certamente.”
“Bom,
Dylan Lorenzo e Derek Renesmee, aconselho sairmos daqui. As ruas não são
seguras quando Juno está por perto.”
Então,
aplausos.
Altair
se espantou, o que de certo modo assustou Dylan e Derek. Não havia monstros nem
nada de incomum, apenas um homem peculiar, vestido num sobretudo exótico e
espalhafatoso. Algo parecia se mover em suas costas com rebeldia. Ao seu lado
havia uma mulher loura, de garras e presas douradas.
“Vejo
que as coisas não mudaram muito desde os dias passados.”
“Ioritz!”
“Surpreso,
Altair?”
“Negativamente.”
Âmbar
achou graça.
“Que
falta de educação a sua! Falando assim na frente destes garotos, fará com que
pensem errado de minha pessoa.”
“Nem
mesmo a mais errada das mentes consegue imaginar o que você é capaz de fazer,
Ioritz.”
O
escorpião riu alto.
“Eleve
minha fama, ave.”
“O
que quer aqui?”
“Estava
em minha caçada, mas sinto que Juno já não mais está entre nós. Parece que
terei de contar mais um dia como perdido, infelizmente. Entretanto, é
gratificante encontrar pessoas de tamanha importância em meu caminho.”
“Do
que está falando?”
“Não
se faça de desentendido, Altair”, Ioritz quase gritou, parecendo ameaçador.
“Sabe da herança. Está aqui por causa dela. É interessante para você, pássaro?”
“Não
sou uma peça num tabuleiro, diferente de você.”
“Torço
apenas para que não faça deste garoto um brinquedo. Não vou incomodá-lo neste
momento, meu caro, deixarei que fuja. Estou apenas de passagem, acenando para
um herdeiro que me traz boas recordações. E más, também, como há de ser.”
Altair
abriu os braços, uma neblina envolveu seu corpo, juntamente com Derek e Dylan.
“Sequer
apresentou Âmbar, ave mal-educada. Na próxima vez, eu farei as mesuras, Altair.
Este não é um adeus. Logo nos encontraremos novamente. Não sintam saudades,
garotos. A saudade enfraquece.”
E
a névoa os consumiu até que nada daquela paisagem restasse. Num último segundo,
Dylan poderia jurar ter visto uma cauda de escorpião circundar o corpo de
Ioritz, mas achou melhor ignorar o assunto.
***
Davinia
não estava tão longe dali.
Vira
quando Altair carregou Dylan e Derek para longe, evitando um confronto direto
contra Ioritz. Uma atitude bem pensada, tinha de admitir. Não era o caso
enfrentar o escorpião naquele momento, protegendo iniciantes tolos enquanto
luta. A fuga era a melhor opção, mesmo para um velho sábio da guerra como
Altair.
Ioritz
e Âmbar conversaram algumas coisas antes de partirem. Não perceberam a presença
de Davinia, ou fingiram não perceber. Ela não era importante, no fim. Apenas
uma pessoa sempre a notava, e sempre fazia questão de demonstrar isso.
Kilian.
“Não
gosto de escorpiões.”
Sibilava.
“Estranhos.
São ambos parecidos.”
“Havia
uma outra mulher, antes de você. Um dia, ela me disse que éramos parecidos.
Chamou-nos de Veneno e Peçonha.”
“Que
interessante.”
“Eu
a matei.”
“Não
estou interessada em suas histórias, Kilian, sinto muito. Guarde sua carência
para quem se importa.”
“Sei
bem no que você está interessada, Davinia.”
A
víbora apontou para uma rua distante, lá estava Allana. Parecia falar sozinha,
mas falava com seu Uberein, a Gier na forma de uma lança grandiosa. Ela matara
um Guardião, enquanto outros Vongeist fugiam, morriam tentando. Tão
inexperiente quanto qualquer um, mas sem medo. O medo os fortalecia. Allana era
superior.
“O
que pretende fazer com ela?”
“Não
pretendo fazer nada. Sou indiferente quanto àquela pessoa. Tenho meus próprios
interesses para cuidar. No entanto, gosto de observar. Gosto de estar envolvida
com esses assuntos, sabe? E, cá entre nós, caso não demonstre seu interesse
rapidamente, vai perder a oportunidade.”
Kilian
mostrou um arranha-céu mais próximo, havia duas silhuetas no terraço.
Idênticas, infantis, belas, observando Allana treinar seus próprios movimentos.
Luna
e Coral.
“O
que essas garotas querem com aquela Vongeist?”
“Você
sabe que eles não estão parados, Davinia. Estão inquietos, espreitando as
ações, esperando pelo melhor momento. Há muitos bonecos nesta batalha. Os
jogadores precisam ter cuidado, ou o jogo ficará muito mais perigoso do que
deveria ser.”
Davinia
assentiu. Viu quando Luna e Coral saltaram do prédio, caíram como plumas no
asfalto das ruas de Ylenia, cercaram Allana. A Vongeist esticou sua arma,
preparou-se para o combate, as gêmeas a interceptaram, falaram alguma coisa
inesperada. Allana se surpreendeu, baixou a guarda. Assentiu, caminhou até as
gêmeas, entrelaçou os dedos com ambas.
“Não
vai interferir?”
“Não.
Talvez seja melhor para esta garota conhecer todos os lados. Ela é diferente,
você sabe.”
“Tem
uma história triste, mas quem não tem? Não sei se devemos tratar isso como uma
diferença importante.”
“Nem
todos têm histórias como a dela, Kilian. Diga o que quiser, eu me importo com
esta garota. Sinto-me em dívida com ela, se preferir pensar assim. Mas vou
deixá-la aprender. Vejamos o que ela pensa sobre Vergess, sobre Elizei. Talvez
ela nem se lembre de tudo o que aconteceu. Pode ser uma boa coisa, no fim.”
“Ou
péssima.”
“Ou
péssima.”
Kilian
serpenteou no lugar, sibilou com um sorriso. Tudo aquilo estava ficando
interessante, no fim. Muitas situações antigas estavam retornando, não seria
por completo uma nova batalha. Entretanto,
havia coisas interessantes nos novos competidores.
Aquela garota, o garoto da herança, as organizações, Juno. Tudo poderia mudar
de uma hora para outra. Era preciso ser cauteloso, saber agir com presteza
quando necessário.
Kilian sabia. Esta era sua
natureza: espreitar inerte até o momento correto, para só então executar o
bote.
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