Mas o que Reino Escondido tem de tão especial? Como já disse anteriormente, ele já conta com as três características que mais chamam atenção numa animação. Cores graças ao cenário, já que o mundo que se esconde na floresta é imensamente povoado por criaturas magníficas, e aí mesmo podemos constatar a criatividade, das armaduras dos Homens-Folha às roupagens dos Boggans, passando ainda por lesmas falantes, mulheres-flores, botões que desabrocham na escolha de uma nova Rainha e o toque da podridão dos malévolos destruidores da floresta, sem esquecer das engenhocas projetadas pelo Professor Bomba. É tudo fascinante, bem desenhado e animado de uma forma que nos deixa admirados! Fora a simpatia dos personagens, altamente envolventes e carismáticos (apesar do nome da tal Maria Catarina que, pelo amor né, traduções brasileiras que nos envergonham...). É claro que podemos apontar algumas falhas, como a rápida aceitação da MC (Maria Catarina) com sua nova situação de diminuta, a uma figurante que passou rápido demais pelas cenas tomando uma posição importante no desfecho, entre outros, mas nada que estrague a produção. Citando a aventura que comentei acima, as sequências de ação e a movimentação dos personagens é excelente, sem contar as estratégias de combate utilizadas por ambos os lados dos conflitos, com cenas dignas das guerras medievais de O Senhor dos Anéis e similares (sem exagero!).
Enfim, Reino Escondido surgiu tímido no ano de 2013, mas ganhou espaço após alguns trailers liberados mais próximos de seu lançamento. É, sim, uma animação que vale a pena assistir no cinema, se tiver oportunidade, tenho certeza de que não irá se arrepender. Difícil não dar nota 10 para uma animação de tal nível, mas em se tratando de uma caracterização técnica, acho que um 9 não seria exagero, ainda mais com a trilha sonora agradável (e, às vezes, surpreendente, haha) e pela dublagem (a original, claro, porque a brasileira cuidou de destruir algumas tendências). Fica a dica para os amantes das animações e da natureza!
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