segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Filmes - Paranorman


Hoje falamos de uma animação que, desde os trailers, me chamou atençaõ. Trata-se de Paranorman, uma stop-motion criada pelo mesmo estúdio responsável por Coraline que, cá entre nós, é um dos melhores trabalhos que já vi do estilo. Assim como seu antecessor, Paranorman é carregado de uma temática sombria, ainda que abuse do humor (certas vezes negro) e garanta algumas lições de moral, bem como apresente os arquétipos mais conhecidos da nossa sociedade atual.


O filme conta a história de Norman, um garoto tido como "estranhão" pelo mau hábito de falar que vê fantasmas. Mas Norman realmente os vê, em todos os lugares, algo que sua família e todos os integrantes de sua escola acham bizarro e revoltoso. Mesmo a avó, com quem ele tinha uma forte ligação, ainda fica ali, no sofá, por mais que o pai e a irmã desacreditem. No roteiro de Paranorman, os fantasmas mantém-se no mundo dos vivos até que cumpram sua verdadeira função, ou se aprisionam devido a uma ira muito grande. Prossigamos.


Antes de Norman, outro integrante da família já havia apresentado habilidades similares, e é ele quem entra em cena. Antes de morrer, o tio Prenderghast passa a Norman a missão de impedir que a bruxa do passado da cidade cause o holocausto outra vez, e é essa a trama do filme, misturada a situações cômicas, personagens carismáticos e cenas que vão te fazer pensar.


O filme é agradável demais, diferente do clima sombrio e incômodo de Coraline. Apesar de ter suas situações tensas, grande parte dos momentos mais marcantes são risonhos ou bobos, o que torna a animação mais infantil do que a anterior. Infantil, no entanto, não afasta adultos que procurem por uma animação de qualidade e uma história envolvente, ainda que em clichê. A maneira como o roteiro apresenta os arquétipos e mostra como eles reagiriam em situações extremas é bastante correta, algo que todo mundo deveria ter em mente. Fora isso, também podemos ver a união dos rejeitados, as cantadas atiradas da patricinha de festas e uma revelação inesperada no fim do filme sobre um dos personagens até então menos interessantes, haha.


Enfim, fica aí minha recomendação sobre um trabalho muito bacana dentre as animações americanas. Nada comparado a um roteiro de Neil Gaiman, claro, mas é bastante agradável e garante um bom tempo de diversão, bem como apresenta uma história carismática o suficiente para se tornar favorita de alguns, arrisco.
Até a próxima!

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