quinta-feira, 24 de maio de 2012

Série - Once Upon a Time

Olá, companheiros.
Não vou me estender nessa postagem, prometo. Digo isso desde o início porque, se tivesse de citar toda a minha alegria quanto à série que comentarei aqui, escreveria livros e mais livros. É, meus caros, estou falando de Once Upon a Time, a famosa "Era uma Vez" que deu tanta polêmica por suas semelhanças com Fables, uma série de HQ da Vertigo, muito boa por sinal. Gostaria de deixar bem claro que essas coisas similares já foram resolvidas entre os autores, e não há nada além de uma dose de inspiração.
Extinguidas as suspeitas, vamos aos comentários sobre a série.
Once Upon a Time conta com uma premissa ousada, até mesmo um tanto desgastada pela atualidade: os contos de fadas. Eu, particularmente, adoro qualquer história que envolva esse tipo de contos, pois sou um fã desnaturado dos Irmãos Grimm e suas lendas. Ainda assim, precisamos admitir que o contemporâneo tem usado de maneira exaustiva essas ideias, o que de certo modo nos deixa hesitantes quanto ao nível das obras. É o caso da série Grimm, que tinha tudo para contar com episódios criativos e originais, mas acabou se tornando apenas um emaranhado de criaturas ao maior estilo SUpernatural de ser, com dois personagens responsáveis pela caça e abatimento deste tipo de monstro.
Once, no entanto, é diferente. Nela, somos apresentados à cidade de Storybrooke, onde a protagonista Emma Swan reencontra seu filho, Henry Mills, deixado para adoção dez anos antes e adotado pela atual prefeita da cidade, Regina Mills, ninguém mais do que a própria Rainha Má. Ao mesmo tempo em que convivemos com os personagens dos contos de fadas que não se recordam de quem são, assistimos às suas histórias passadas, entendendo motivações e atitudes tomadas por seus novos "personagens" viventes da cidade fictícia. Logo entendemos que Regina é a responsável por carregar todos os personagens para fora da terra onde os finais felizes eram possíveis, aprisionando-os em Storybrooke para evitar, assim, que a Branca de Neve e o Príncipe Encantado possam viver felizes para sempre.
A série, no entanto, não gira apenas em torno desses personagens. Existem muitos outros, muitos outros mesmo, e cada um deles é explorado de maneira profunda e bem clara, sem medo de ousar e modificar os contos originais. Encontramos a Chapeuzinho Vermelho, a Vovó, Pinocchio, Geppeto, o Grilo Falante, Bela, Rumpletiltiskin (um dos maiores nomes do roteiro), Malévola e muitos outros, cada qual importante ao seu tempo. Ah, não posso esquecer de citar o Chapeleiro Maluco, um dos mais interessantes personagens da primeira temporada!
Responsáveis por nos enturmar na sociedade de Storybrooke, ensinar sobre a cultura da terra dos contos de fadas e apresentar a relação de sentimentos e emoções (positivas ou, na maioria dos casos, negativas) dos personagens, os 22 episódios da primeira temporada são simplesmente sensacionais. Existem momentos de fraqueza, obviamente, mas nada suficientemente ruim a ponto de desanimar o expectador. Por outro lado, existem momentos empolgantes, episódios com qualidade de filme, tanto nos efeitos especiais (que devo comentar, deixam muitas produções cinematográficas para trás) quanto nas tramas elaboradas, capazes de fazer os mais sensíveis chegarem às lágrimas durante algumas cenas.
Concluindo (ou vou acabar me alongando demais na postagem), Once Upon a Time é um marco no mercado de séries da atualidade. Já tem segunda temporada confirmada, e o final é ótimo, ainda que não seja um desfecho completo. Vale muito a pena assistir, mais ainda se você tem gosto pelos contos de fadas e admira acompanhar as diferentes abordagens da temática. Fica a dica para os leitores de fantasia que, como eu, há muito não acompanhavam uma série com tanto gosto assim.
Até a próxima!

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