sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Anime - Accel World

Assisti recentemente o episódio 24, último da primeira temporada, de mais uma série oriunda das Light Novel. Trata-se de Accel World, franquia criada por Reki Kawahara, a mesma mente fértil por trás de Sword Art Online e que, como tal, trata de um jogo virtual que modifica a vida das pessoas, só que desta vez de uma maneira um pouco menos absurda. No cenário de Accel World, aparelhos chamados de Neuro-Linker são acoplados aos pescoços das pessoas para que elas acionem diversas funcionalidades através de menus interativos que somente o usuário pode ver, entre outras opções.

É aí que surge o Brain Burst, um jogo diferente dos demais, onde se cria um avatar baseado nas emoções, traumas e afins e duela-se com outros jogadores na busca por pontos que possibilitam, em meio a uma série de outras habilidades, o usuário a utilizar-se de uma pausa no correr do tempo, capacitando os aproveitadores a utilizar isso ao seu favor em provas, disputas e similares.

Distante dessa temática mais série quanto a utilização do Brain Burst para coisas do tipo, Accel World trata do mundo acelerado numa eterna disputa territorial pelos reis, representados pelas cores, e nas lutas que garantem pontos na subida de nível dos personagens. Os avatares mais fortes do jogo têm o nível 9, e corre um boato que diz que aquele que alcançar o nível 10 poderá se encontrar com o criador do Accel World. Assim, como a dificuldade para se alcançar o último nível é extremamente absurda, poucos chegam a arriscar seus pontos na empreitada que pode lhes custar o Brain Burst e todas as memórias da época em que este foi utilizado.

Accel World é uma história bastante complexa, em termos. Ela tem detalhes minuciosos, mas também tem tempo para divertir, com direito a cenas graciosas de um romance um tanto forçado, pequenos fanservices para apimentar as coisas (ainda que, em suma, sejam cenas de pouco nexo e finalidade), e confrontos, os quais por vezes são curtos, mas que também demonstram uma movimentação de qualidade admirável (por mais que Sword Art Online tenha recebido um tratamento melhor por parte da empresa que o animou, claro).

Haru, o protagonista da história, é somente um dos personagens carregados de temas complexos do dia-a-dia, como o maltrato, o bullying, entre outros. Eles são bem trabalhados, mas alguns deles participam de cenas dispersas e fracas, coisa que não chega a realmente atrapalhar o desenrolar do roteiro. É óbvio que, por se tratar de uma adaptação de Light Novel, e não ter saído de um mangá com fins unicamente financeiros, o enredo é cheio de subtramas, pontas soltas e amarrações de grande intensidade, e esses 24 episódios, uma primeira temporada que cobriu apenas os primeiros dentre os 12 volumes lançados até agosto de 2012.

Evitando spoilers, deixo aqui a recomendação desta série que, tenho certeza, agradará àqueles que um dia gostaram de .Hack// e outras franquias do gênero, bem como àqueles que procuram histórias focadas em tecnologias futurísticas e jogos virtuais. Não tem o mesmo nível de ação de SAO, obviamente, mas tem o seu charme, e me agradou do início até o fim, com seus altos e baixos, claro, mas com uma trama admirável. Fica a dica!
Até a próxima!

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