segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Resenha - Necrópolis

Saudações, companheiros!
Aproveito-me desta postagem para resenhar, analisar, comentar e criticar a obra de Douglas MCT, publicada pela Editora Draco: Necrópolis - A Fronteira das Almas. O livro tem 307 páginas, divididas em Prólogo, Epílogo e 41 capítulos. Pode parecer bastante coisa, mas os capítulos são de tamanhos variados, o que facilita a leitura, com diversos pontos onde parar para continuar mais tarde.
A obra já conta com uma alavanca inicial absurda, que é o prefácio do mestre Leonel Caldela, introduzindo-nos à "iniciação" do Douglas com suas belas palavras. O prólogo nos apresenta a temática, o dark-fantasy famoso do autor, e a história se desenrola a partir de então, ganhando personagens, localidades e situações marcantes.

Na imagem acima, temos o quarteto de protagonistas: Verne Vipero, o irmão mais velho e protetor; Simas, o ladrão velocista capaz de correr mais do que um equinotroto (saberão o que é isso quando começarem a ler); Karolina, ou simplesmente Karol, a mercenária traiçoeira e sedutora, capaz de fazer de tudo pelo bom cumprimento de sua missão; e Ícaro Zíngaro, o corujeiro, raça criada pelo autor, um personagem que parece vago, de início, mas demonstra uma importância enorme conforme a trama segue.

Evitando spoilers, o livro conta a história de Verne, um órfão já adulto que ainda possui um amigo imaginário, os AI, tema bastante abordado no livro. Além dele, diversas outras pessoas têm os amigos invisíveis, mas todas o perdem conforme a idade chega. Entre os personagens apresentados, temos Victor Vipero, o irmão do protagonista, o objetivo principal da trama. Seguimos Verne em sua aventura em busca do irmão, jornada esta que o levará até os confins de Necrópolis, um mundo que sequer acreditava existir. Verne, cético como era, demora a entender e aceitar as ideias apresentadas pelos ciganos, mas acaba se envolvendo num mundo diferente e peculiar, onde tudo é sombrio e grotesco.

Sem mais detalhes sobre a trama, vamos analisar o aspecto que mais me chamou a atenção: a criatividade.
Necrópolis não é livre de clichês, e nada no mundo o é. Todas as histórias têm "alguém salvando alguém" ou "um escolhido importante para o mundo", etc, são plot's impossíveis de ser evitados. O que é importante para uma história criativa, então? O restante, oras! Os personagens podem ser baseados em arquétipos tradicionais, como "protagonista bobo que se descobre em jornada" ou "guerreira de pouca roupa que abusa da sedução", mas é nele que encontramos as características marcantes da história, o enredo por trás de seus passados, envoltos em mistérios ou tristezas. Além disso, a localidade por si só já é repleta de originalidade. Necrópolis é apenas um mundo na mitologia imensa que o autor desenvolveu, deixando brechas para que os outros Circulos sejam usados em futuros livros (tendo em vista que são 6 livros prometidos para a série!). Ainda que apenas Necrópolis fosse usada, o "continente" é vasto, cheio de locais grandiosos e inovadores, com suas personalidades e tribos, raças e culturas.
E por falar em raças, voltamos a comentar sobre a criatividade. Há diversos tipos de monstros, acessórios, máquinas e outras coisas criadas pelo autor, o que faz de seu universo único e colossal. Nessa parte, acertou em cheio!
Um ponto que desejo ressaltar é sobre a escrita. Necrópolis não é um livro complexo de se ler. Apesar da temática mais séria e adulta, com direito a sangue e torturas, a escrita é simples, fácil de se ler. Há partes em que isso é ruim, deixando o texto vago, difícil de entender. porém, grande parte do livro torna, graças à simplicidade nas palavras, a leitura rápida e fácil, o que ajuda aqueles menos dispostos a encarar dicionários durante os momentos com os livros.
Por fim citamos o roteiro, sobre o qual não poderei comentar completamente para evitar spoilers aos que ainda pretendem ler. O que posso dizer é que a história começa simples, e então nos mostra que há muito mais por trás daquela trama que parece infantil e mundana, revelando cenários improváveis e passagens marcantes, as quais podem marcar presença nos próximos livros.

Enfim, esta análise simplória tem como objetivo mostrar meu contentamento por mais uma obra nacional lida, e com prazer! Acompanhei Necrópolis desde a época do orkut, onde o Douglas postava comentários, músicas e outras coisas enquanto escrevia, buscava editora e coisas do tipo. Hoje, temos um livro de capa fantástica, publicado pela Draco que é uma das editoras mais influentes na literatura fantástica do Brasil, atualmente. E, se depender do autor, ouviremos falar muito de Necrópolis, seja nos próximos livros, seja nos projetos secretos de quadrinhos e contos organizados por ele.

Até a próxima!

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