terça-feira, 22 de novembro de 2011

Resenha - Crônicas dos Senhores de Castelo I - O Poder Verdadeiro

Olá, companheiros!


Hoje trago a resenha de um livro que li tempos atrás, antes mesmo do blog estar no ar, mas só agora consegui comentar: Crônicas dos Senhores de Castelo - Livro 1 O Poder Verdadeiro. Publicado pela Editora Verus com uma capa bela (que muito lembra Assassins Creed), o livro traz consigo uma história infanto-juvenil, seguindo de perdo uma princesa e seu autômato que, quando envolvidos numa trama maior do que esperavam, encontram-se auxiliados por dois Senhores de Castelo, poderosos homens escolhidos por seus respectivos mundos do Multiverso para proteger seus planetas dos invasores em busca de conquistas. Assim, vemos a princesa Laryssa se aventurar junto de Thagor e Kullat, enquanto conhece mais sobre ambos e sobre a vida árdua que leva um Senhor de Castelo.



Dividindo essa resenha por partes, comentarei, primeiramente, sobre aquilo que mais me chamou atenção durante a leitura: são dois autores, G. Brasman e G. Norris, e isso é algo que muito admiro. Aqueles que escrevem, mesmo que por hobby, sabem o quanto é difícil organizar as informações de uma história longa, tarefa que se complica ainda mais quando temos de preparar o projeto para futuras continuações. Dividir esse trabalho com um segundo autor pode parecer uma facilidade sem igual mas, em suma, dificulta ainda mais o processo como um todo. Há divergências de opiniões, comentários errôneos, favoritismo entre o personagem e aprovação ou desaprovação de ações. O fato do primeiro livro de uma série ter sido escrito por dois autores é algo que tenho de parabenizar, uma conqusita que acho realmente válida.
Passando pela bela imagem que ilustra a capa da obra que temos em mãos, alcançamos as páginas bem trabalhadas da Editora Verus, sempre se destacando pelo excelente trabalho demonstrado (vide Batalha do Apocalipse). Algumas ilustrações em preto e branco nos mostram os personagems e as criaturas, e a criatividade dos autores é facilmente assimilada, mostrando aos leitores um mundo próprio e imenso, com pitadas de referências e originalidade. A divisão dos capítulos é boa, deixando a leitura mais prazerosa e simplória, com mais pausas para descanso (para leitores aficcionados, como eu, que não param de ler até terminar um capítulo, por exemplo). A escrita é simples, o que possibilita perceber logo de início que os autores privilegiaram as cenas de ação, e não o tratamento dos personagens que, por vezes, é deixado um pouco de lado. Nada disso atrapalha a leitura, obviamente, mas pode decepcionar alguns leitores mais assíduos de obras de profissionais.
A trama segue retilínea, sem muitas variações ou surpresas, ou que não necessariamente é ruim. O roteiro nos apresenta diversas criações dos autores, entre criaturas e localidades, e leves reviravoltas no comportamento dos personagens, que pouco mudam durante a jornada. As cenas de ação são complexas e, em suma, bem descritas, assim como alguns empecilhos que surgem à frente de nossos heróis, obstáculos facilmente superados pelos poderes dos Senhores de Castelo.
O primeiro livro, O Poder Verdadeiro, é facilmente entendido como uma iniciação à escrita por ambos os autores, mas mostra claramente o avanço pelo que passaram conforme seguiam os rumos da história. O segundo livro, Efeito Manticore, já foi concluído (vide Twitter), e deve ser publicado por meados de março, de acordo com os autores. Veremos as mudanças e as melhorias na escrita, coisas que vêm aos escritores conforme adquirem experiência, e nada melhor do que treinar e escrever e escrever muito mais para isso.
Assim, classifico O Poder Verdadeiro como um bom livro, com uma ambientação agradável e original e diversos pontos criativos, misturados a referências disfarçadas nas paisagens do Multiverso. A Editora Verus segue num excelente trabalho, continuado em Filhos do Éden, do mesmo autor de Batalha do Apocalipse, e provavelmente sera o palco para o segundo livro dos Senhores de Castelo, que com certeza comprarei. Vale a pena acompanhar essa obra que, apesar de simples, tem muita mágica para mostrar. Sem contar que sempre é interessante acompanhar o desenvolvimento dos escritores nacionais, que cada vez mais se mostram dedicados e talentosos.
Desejo sucesso a G. Brasman e G. Norris, e que venha o segundo livro, e um terceiro, e quantos mais tiverem de vir! Sucesso também à Editora Verus, torço para que continue com a dedicação e o excelente trabalho que têm demonstrado.
E que o Brasil se encontre em seu Multiverso, continuando a nos presentear com obras originais e fantásticas.
Até a próxima!

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