sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Filmes - Padre e Piratas do Caribe 4

Ok, ok, não são filmes recentes, entendo, mas, logo que os assisti, algum tempo atrás, escrevi sobre ambos os filmes, vistos no mesmo dia por sinal. Uma sessão dupla e cansativa, mas que valeu a pena, ao fim. Sonolento e destruído, deixei o shopping surpreso pela boa adaptação dos quadrinhos de Priest, e admirado pela criatividade sem limites da equipe da Disney, com o quarto filme de uma série que ainda tem muito o que mostrar.
Segue abaixo os comentários, mais para estrear a área de filmes. Digam suas opiniões, e vamos discuti-las, se necessário. É para isso que esse blog foi criado, de qualquer modo, hehe.
Abraços!


Padre

Baseado no quadrinho de mesmo nome (Priest), é um filme de ação que mostra uma história diferenciada sobre vampiros, sem apelar para algo que brilhe no sol ou vire borboleta (sem preconceitos!). Padre carrega consigo uma ambientação envolvente e clima de terror trash, num cenário pós-apocalíptico que acabou de passar por uma guerra da igreja e dos vampiros e hoje vive à sombra de quem um dia ofereceu proteção. Os padres, dispensados pela igreja após a suposta vitória sobre as temíveis criaturas da noite, vivem agora uma vida pacata, espalhados pela sociedade que não os aceita. Até aí, tudo bem, tudo para um roteiro inovador, ou quase. O quadrinho atingiu o ápice, mas o filme não conseguiu passar toda a emoção das páginas. A trilha sonora peca em vários momentos, assim como a interpretação de Paul Bettany, nosso protagonista sem nome, que é falha em tentar passar uma falta de emoçoes, problema muito maior na versão dublada em português. É claro que também temos pontos altos, como a atuação de Maggie Q, vivendo a sacerdotisa que se alia ao padre, e o enredo meio clichê, mas nada consegue fugir do turbilhão de histórias do mundo, então estão perdoados. Enfim, Padre conseguiu impressionar, apesar de ter sido pouco divulgado antes de sua estréia (eu mesmo fiquei sabendo uma semana antes do lançamento, isso porque acompanhava a série em quadrinhos). Os efeitos especiais são de qualidade, as cenas de ação foram bem coreografadas e os personagens tem bem trabalhados. Recomendo àqueles que gostaram de Van Helsing (os que gostam de tudo), e ainda mais àqueles que curtem a franquia Anjos da Noite (mas esses não encontrarão ainda um filme que supere a atual trilogia).



Piratas do Caribe 4 - Navegando em águas misteriosas

Bom, como começar a comentar sobre Piratas do Caribe? Ah, é Piratas do Caribe, certo? Isso poupa as apresentações e elogios de costume. Coisas como a atuação de Johnny Depp ou as cenas de humor do personagem mais ilustre do cinema atual (já contando a extinção de Harry Potter, claro) são como bater na mesma tecla, marcas registradas pela série. Mas vamos citar outros pontos. Confesso que, ao saber da ausência de Willian Turner (Orlando Bloom) e Elizabeth Swann (Keira Knightley), me senti meio inseguro quanto aos possíveis personagens que tomariam seus lugares. Sentei-me na cadeira esperando pelo pior, mas me surpreendi com personalidades que apenas aumentaram o carisma da série, personagens novos que, ao fim da sessão (que acabou por volta da meia-noite graças às ilustres duas horas e vinte de filme), pareciam tão conhecidos quantos aqueles do primeiro filme. O missionário Phillip (Sam Claffin) e a sereia Syreena (Astrid Berges-Frisbey) conquistaram os fãs, assim como Angelica (Penélope Cruz), o suposto primeiro amor de Jack Sparrow (pasmem!). As piadas do capitão continuam originais, as cenas maravilhosamente filmadas e os cenários espetáculos. Logo de início temos uma sequência de perseguição de tirar o fôlego, seja pela ação ou pelas risadas com as palhaçadas de nosso pirata favorito. O tema da fonte da juventude foi tratado de forma totalmente diferente do que estamos acostumados, envolvendo todo um ritual e coisas do tipo, bem criativo. Para poder criticar alguma coisa, temos que prestar muita atenção em poucas cenas de piadas forçadas, mas nada suficientemente ruim para tirar o clima épico da super-produção. Ao final, temos uma grande importância do Capitão Barbossa, um destino glorioso (ou não) para o temível Barba Negra e as tradicionais cenas de epílogo dos personagens, repletas de humor e sugestões. Pós-crédito, pela primeira vez na série, não temos uma cena que indique um novo filme, mas sim vinte segundos com o destino da filha de Edward Teach (Barba Negra), encerrando com uma cena sugestiva e engraçada. Quero deixar bem claro que essa foi a pior coisa do filme: não sugerir uma continuação. Disney, por favor entenda que o universo não pode continuar em equilíbrio se Harry Potter e Piratas do Caribe acabarem no mesmo ano, portanto tratem de pensar em alguma coisa! (E não nos deixem sozinhos com Crepúsculo, pelo amor dos deuses!)

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