sexta-feira, 9 de março de 2012

Textos - Teatro e Realidade

Olá, companheiros.
O texto de hoje não é somente um texto, mas talvez um desabafo. É triste quando vemos que a casa que construímos era nada além de uma parede de vidro numa tempestade, mas enfim, bola pra frente! :) Peço desculpas pela queda no ritmo das postagens, a faculdade exige muito, e o tempo é relativamente curto, mas logo devo trazer mais algumas coisas. Estou envolvido no término de um romance, em breve devo ter outros textos para trazer para o blog.
Espero que admirem 'Teatro e Realidade'. :)


Eu gostava de teatro, mas perdi o gosto quando assisti uma peça de anos. Ela tinha excelentes atores e atrizes, mas o final deixou a desejar. Que a próxima peça destes seja um sucesso; não estarei ao lado para aplaudir.
Fugir da realidade é bom, mas às vezes te cega para fatos óbvios. Quantas coisas foram arrastadas por tempo demais, quantas se resolveriam no desuso da palavra? O tenso de apreciar a escrita é imaginar que a vida tem todos os possíveis destinos que os personagens de um autor. Podemos guiar nosso caminho, mas a trilha dos outros é incerta, e nada pior do que a insegurança para danificar qualquer rumo a ser seguido.
Ao fim, notamos que certo e errado são como cara ou coroa. O que era certo pode insultar, o que era errado pode agradar. É sorte, e só. A diferença se encontra no real e na atuação. O teatro termina e seus contribuintes agradecem os aplausos, curvam-se ante o público, então voltam para suas casas, adormecem e sonham, ou têm pesadelos. Na realidade, as coisas perduram além do fim, transforam as trilhas em caminhos árduos. E são nessas trilhas que encontramos aqueles que realmente desejam estar ao nosso lado, mesmo antes, mesmo durante, mesmo após o sacrifício.
Mantenho meu gosto pela escrita, mas deixo de admirar o teatro. Encenações são, e sempre serão, encenações, nada além de mentiras trabalhadas. Se algo mantém-se além do fim, é real. Se tudo é perdido num deslize, é teatro.
Que pena.
Fechem as cortinas, a vida agora é outra.
É realidade.


Até a próxima!

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