terça-feira, 9 de abril de 2013

Filmes - Jack: O Caçador de Gigantes e Mama


Continuando com as resenhas duplas, triplas e quádruplas às vezes, que provam que meu tempo comprimido não colabora com trabalhos individuais, comento hoje sobre os dois filmes que assisti na semana passada. Vamos juntos?

Jack: O Caçador de Gigantes



Continuando a moda dos contos de fadas recontados em versões mais adultas e (ainda mais) fantasiosas, Jack nos leva até o mundo de João e o Pé de Feijão, onde o gigante tradicional é substituído por um povoado da raça, e a simples premissa de roubar ouro se mostra uma trama complexa de eras anteriores, onde Erik, um glorioso guerreiro dos primórdios daquela terra, isolou os gigantes acima das nuvens e salvou o mundo, guardando consigo os feijões mágicos que poderiam levá-lo de volta àquele lugar e a coroa com poderes capazes de dominar os gigantes. Jack, na tentativa frustrada de vender o cavalo e a carroça para conseguir uma miséria para suas próximas refeições, acaba levando consigo os feijões mágicos para casa, o que por si só já garante toda a ação fabulosa que vemos na sequência, envolvendo a princesa, o rei, um cavaleiro (não tão) honrado e um traidor.
Jack tem cenas impactantes, assim como João e Maria, mas evita a sanguinolência para deixar as mortes somente sugestivas, exceto em algumas passagens velozes demais com cabeças explodindo e corpos sendo decepados. As sequências de combate são medievalíssimas, dignas de épicos como Senhor dos Anéis, para se ter uma ideia da qualidade do filme, e cada trecho das batalhas deixa o espectador alucinado. Vale ressaltar também que os efeitos ficaram excelentes, tais como a movimentação dos gigantes, a mágica da planta que chega aos céus e o cenário em si, em especial da cidade nas nuvens, que por si só é uma localização agradabilíssima aos olhos dos mais vidrados em fantasia (leia: eu). Só acho que o romancinho clichê de Jack com a princesa acabou por se tornar um pouco que forçado, mas no final agrada, também, não deixando aquela coisa massante e pegajosa dos filmes atuais. Enfim, fica aí a dica de um clássico transformado em épico, num nível igual, senão maior, do que João e Maria: Caçadores de Bruxas. E que venham os outros contos de fadas!

Mama



Em tempos anteriores, surgiu na internet um curta-metragem chamado Mama, onde duas garotinhas fugiam de uma entidade que se dizia sua mãe, com efeitos bacanas para um trabalho amador. Esse curta ganhou prêmios, e o idealizador teve a chance de ver seu projeto adaptado a todos os cinemas do mundo, e essa ideia gerou Mama, o longa que tive o prazer de assistir essa semana, com suas cenas sobmrias, seu roteiro interessante e seu final 'ursinhos carinhosos' demais para um filme de terror.
Mama nos conta a história de um homem que acabou com sua vida, matando sua esposa e seu sócio e, por fim, fugindo para uma casa na floresta, onde pretendia matar suas duas filhas e suicidar, mas algo (sim, algo, não alguém) o impediu, salvando as garotinhas. É esse mesmo 'algo' que as segue quando, anos mais tarde, elas são encontradas pelo irmão do rapaz insano em questão, levadas para residir com ele e sua namorada. Já na cara, o casal tem dificuldades em se adaptar com o comportamento estranho das garotinhas, mas faz o possível para ajudá-las e, em suma, protegê-las. O que eles não sabem é que já tem alguém fazendo o mesmo por elas...
Não espere pelo terror trash e pacato de sempre, com sangue de sobra e inteligência faltante. Em Mama, o roteiro se desenvolve sem pressa, de modo a integrar o espectador com a história passo por passo, devagarinho, tentando ganhar a atenção e prender os olhos, mas não funciona bem assim o tempo todo. Existem passagens lentas demais, que dão sono. Deixando isso de lado, Mama tem efeitos muito bacanas, destacando especialmente os vislumbres que os personagens têm, entre visões e sonhos, que parecem dignos de animações da Disney com aquela leve pitada de Tim Burtom (e existe 'leve pitada' daquele doido? haha). Enfim, o filme agrada, me agradou, ao menos, mas o desfecho deixa bastante a desejar, como disse anteriormente, fica muito 'bonitinho' para um filme que prometeu dar medo, se é que me entendem. Talvez a história não precisasse de um final ruim, de qualquer forma, mas o 'bom' tem uma definição muito variada para cada situação, e nem sempre o 'bom' é 'completamente bom', como Mama tentou mostrar.


E é isso aí, meu amigo, e em breve trarei mais comentários sobre os novos filmes, conforme assisti-los! Até a próxima!

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