terça-feira, 29 de novembro de 2011

Editora Gutenberg e o Envio de Originais

Olá, companheiros.
Postagem rápida, apenas para divulgar que a Editora Gutenberg, um selo da Autêntica, está recebendo originais para avaliação. Na realidade, toda a Editora Autêntica está recebendo, mas a Gutenberg é a parte mais importante a ser tratada aqui no blog, tendo em vista que é ela quem publica as histórias de literatura fantástica, como Amhat e O Coletor de Almas.
As normas para o envio podem ser encontradas no site. Não enviem arquivo algum para o e-mail da editora! Há um formulário de proposta, onde existem os campos de interesse a serem preenchidos. Caso conquiste a atenção de um dos editores, eles entrarão em contato com você e pedirão demais informações sobre a obra.
Aproveitem esta oportunidade, pois são raras as editoras que publicam sem custo algum. Claro que não é fácil ser escolhido. Precisa trabalhar bastante, divulgar, correr atrás, mostrar o seu esforço para aqueles que podem patrociná-lo.
Eu já enviei os meus! Não perca tempo, confira!

Até a próxima!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Anime - Madoka Magika - Impressões



Olá, companheiros!
Sinceramente, nem sei como começar esta postagem. Poderia falar bastante sobre minhas impressões, fazer uma resenha, detalhar os pontos positivos e negativos (se houver), sei lá. Na verdade, tanto faz. Mas, para mim, é um pouco difícil comentar sobre Madoka Magika. Acabei de terminar o último episódio e, bom, me surpreendi. Achei algo no início, mas confiei nas críticas, nas resenhas, nas recomendações. Segui, o episódio 3 me tocou, como prometido. Mantive o ritmo, e logo o 8 e o 9 me chamaram a atenção, e então o 10 me fez perceber que, sinceridade, este é o melhor anime que já vi na vida. Desculpem se parece exagero, mas infelizmente não existem outras palavras para resumir o que esses 12 episódios me fizeram sentir. É simplesmente magnífico, ainda mais sabendo que o projeto começou na animação, sem um mangá ou light novel para seguir o roteiro (ambos vieram depois do anime), e ainda assim conseguiram construir um cenário único, um universo amplo, personagens carismáticas e um enredo emocionante.
Como isso é possível?
Assista e tire suas próprias conclusões. Garanto que não vai se arrepender.

De qualquer forma, vamos à postagem, prometo fazer o melhor, hehe.
Mahou Shoujo Madoka Magika conta a história de Madoka, uma garota de cabelo rosa e timidez absurda, a típica protagonista japonesa de historias bonitinhas e infantis. Num primeiro momento, temos a impressão de que será algo rosado e garboso, como o gênero, garotas mágicas, faz parecer. Para aqueles que já assistiram Sakura Card Captors e Sailor Moon, podem esperar certas semelhanças no início. Então, todo mundo se tranquiliza. Ora, mais um anime legalzinho de magia e purpurina, não é?
De modo algum.


O plot de Madoka nos apresenta às Bruxas, criaturas que se aproveitam das pessoas, as grandes vilãs do universo do anime. Bruxas não podem ser caracterizadas como criaturas: por vezes, cada uma delas se mostra como um conceito, um universo dentro da barreira em que se escondem, uma existência muito além de um ser. Assim, as garotas mágicas recebem um desejo qualquer em troca dos poderes para lutar contra essas bruxas, e assim temos tudo o que um enredo japonês precisa para se prender a 600 episódios.
Opa, tem mais.
Não é tão simples assim. Conforme os episódios passam, vemos que a luta contra as tais Bruxas não são repletas de flores e cores. Há sangue, tortura e insanidade, e morte. Todas essas crueldades não são apresentadas como em Gantz ou demais animes sanguinolentos, mas também não são retratadas como paisagens floridas, assim como acontece em outras animações do gênero mahou shoujo. Vemos que as batalhas são intensas e que, por vezes, é impossível vencer. O desejo antes da transformação pode parecer tentador, mas então conhecemos as desvantagens, e logo a balança parece desequilibrada, diferenciando para um lado sombrio e terrível.
Ao longo de seus 12 episódios, Madoka surpreende. Certamente aqueles que admiram o gênero de garotas mágicas não vão gostar desse anime, parte por sua temática séria e insana, parte por seu roteiro confuso e detalhado, repleto de reviravoltas e cenas chocantes. O episódio 10, por exemplo, revela algo não tão inesperado, mas emociona pela profundida das cenas, pelo desenvolvimento dos diálogos e das personagens, pelo excelente trabalho da equipe. O final não decepciona, ainda que deixe brechas para futuras continuações, ou outros tipos de arrecadação financeira com base em um título famoso. Temos previsão para três filmes, iniciando a produção em 2012, sendo dois deles responsáveis por recontar a história da animação e o terceiro, cujo plot será original e novo, ainda é um mistério.

Sem spoilers, posso adiantar que a trama segue sem pausas para respiração, o que nem de longe é ruim. Não temos cenas de enrolação, tempo perdido ou coisas desnecessárias. Tudo o que você vai assistir faz parte do plot principal, todas as cenas são importantes para o entendimento do enredo apresentado pelos autores. Não é necessário um manual de bom entendimento (como Evangelion), mas sim um mínimo de atenção para que possa juntar todas as peças e formar o desenrolar da história, alcançando assim o fim do 12º episódio e praguejando aos deuses por ter acabado.
Se posso apontar uma desvantagem é a baixa quantidade de episódios. Não é ruim, pelo contrário, nos poupou de cenas forçadas de comédia tosca e os famosos tapa-buracos que ganham minutos numa animação. Mas faz falta ao acabar, e isso é, geralmente, bom. À frente, além dos filmes, temos mangás prontos, um deles contando a história do anime, os outros dois contanto histórias paralelas no mesmo universo, passadas com outras personagens. Sem contar o jogo que está sendo produzido para PSP, com previsão de lançamento para março de 2012.


Enfim, Madoka marcou época, e talvez seja o melhor anime de 2011 (para mim, certamente o é!). Mesmo Persona 4 e toda sua bajulação não foi capaz de alcançar a qualidade gráfica e criativa de Madoka Magika. Seja nas personagens, seja na temática abordada de maneira teatral, cada um dos 12 episódios nos deixa uma mensagem, ainda que sugestiva, sobre as dificuldades que todos nós estamos sujeitos a enfrentar. É fácil dizer estar preparado, mas nem sempre as coisas são tão simples quanto parecem.
Extremamente recomendado, feche agora seu navegador e vá assistir o primeiro episódio, se ainda não o fez.

Até a próxima!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Anime - DuRaRaRa! - Impressões


Acabei de terminar o último episódio de DuRaRaRa!, uma série dos mesmos criadores de Baccano, que muito me chamou a atenção. Há tempos não assistia um anime que me prendesse, passando aquela sensação de curiosidade ao fim de cada episódio, sempre deixando instigado aqueles que acompanham suas cenas. Ao fim de seus 25 episódios (mais um OVA que se encaixa após o episódio 12, chamado de 12,5), DuRaRaRa! prova que não são necessárias sequências de combate alucinantes para se produzir uma boa série.
O anime conta a história de Ryuugamine Mikado, um garoto do interior que chega à cidade grande, onde encontra um antigo amigo de infância, Kida Masaomi. Lá, inscreve-se numa escola chamada Raira, onde conhece Sonohara Anri, e logo somos apresentados a estes três personagens, o trio de protagonistas da série. De início, pode parecer um triângulo amoroso bobinho e teen, mas não há nada desse tipo no enredo. Muito pelo contrário, temos lendas urbanas, roteiros insanos de personagens ainda mais endoidecidos, disputas de organizações rebeldes e um homem que deseja causar o caos, controlando todas as facções por um tabuleiro, usando apenas de seus contatos e suas informações.


Além dos protagonistas, temos diversos outros personagens interessantes, como Selty, Heiwajima Shizuo, Orihara Izaya, e muito mais. Selty, a Motoqueira Negra, é uma das melhores propostas da série, possivelmente a ideia para o nome da animação: Selty é uma Duulahan (Durahan para os japoneses), uma fada da mitologia celta conhecida por fazer aparições sem sua cabeça, montando um cavalo igualmente degolado e despejando sangue humano em suas vítimas. No anime, Selty é muito mais simpática do que a lenda diz, e sua história é diferenciada. Vemos a caracterização de uma criatura mitológica como uma pessoa qualquer, mesmo sem a cabeça. Ela vive, toma banho, conversa (usando as notas de um aparelho celular), tudo o que uma pessoa qualquer faria. Uma ideia original e criativa, ponto para o autor.
Mas a Duulahan não é a única referência usada pelos autores. Há diversas outras, como alienígenas, policiais macabros, histórias onde os homens abusam de uma força surreal, e muito mais. O próprio Izaya é uma referência às criaturas das lendas japonesas.
Seguindo o plot principal, temos incontáveis reviravoltas, surpresas e novidades surgindo a cada episódio, o que sempre nos deixa na vontade de assistir o próximo. As cenas de reprise encaixadas no meio da abertura dão um clima de trailer extremamente agradável, deixando de lado o tempo perdido por repetição de cenas anteriores, antes do episódio propriamente dito começar. Aproveitando a deixa sobre a abertura, temos duas introduções e dois encerramentos. Eu, particularmente, gostei de ambas as aberturas, mas não me identifiquei com as músicas de encerramento. As sequências de animação usadas nas apresentações são incríveis, e nos apresentam os nomes dos personagens, ajudando a decorar (pois são muitos, e cada um deles tem sua história desenvolvida e explicada durante a série).
Obviamente, não vou falar sobre o final, mas posso adiantar que foi um pouco que apressado, por não encontrar palavra melhor. Assisti ao episódio 24 com aquela esperança de algo a mais, e me decepcionei um pouco ao saber que o 25 não era um novo episódio da série principal, mas sim um OVA. Ainda assim, muitas coisas são explicadas, e boa parte do que é deixado no ar, provavelmente, foi uma opção dos criadores. Existem coisas que não necessitam de explicação, ou mesmo que dão margem aos fãs para caracterizarem o que suas mentes permitirem (como é o caso de Izaya).

Concluindo, DuRaRaRa! é um excelente anime, e seus 26 episódios passarão sem que perceba. Altamente recomendado para fãs de histórias com referências a lendas e mitologias, e também àqueles que admiram contos de fantasia urbana, sem apelações para lutas ou o sangue tradicional e constante dos shonen. Não que isso seja ruim, mas é bom variar, quando se tem oportunidade.
Não conhece DuRaRaRa! ainda? Ora, não perca tempo, adquira já os seus DVD's (ou encontre seus link's na internet, seu pirateiro! Haha! :P) e acompanhe essa criativa história com seus personagens chamativos e envolventes.

Até a próxima!

Trecho - O Bardo e as Três Maravilhas

Olá, companheiros!
Hoje trago um pequeno trecho do conto O Bardo e as Três Maravilhas, de minha autoria, uma história encontrada nas páginas da antologia ERA Contos & Contos, que logo estará disponível. Segue abaixo uma pequena amostra do conto (antes de ser feita a revisão).

Volg se esquivou do primeiro ataque, se esgueirou por sob as pernas rechonchudas do líder e o atirou para o ar, rolando para trás de um segundo homem, o qual degolou com a lâmina. Continuou então sua canção, e saltou nos ombros do terceiro atacante, que tombou em desequilíbrio, atingindo com o corpo o quarto bandido. O quinto brutamontes avançou, mas o bardo desviou seu golpe com facilidade, e apunhalou suas costas, rasgando até a altura de sua nuca logo a seguir. Por último, bloqueou a espada do ofensor com a sua lâmina, e a arma do oponente se partiu em peças minúsculas, fazendo-o recuar, sem reação.

Todos que estavam em condições fugiram, amedrontados. O líder praguejou alguma coisa, mas os acompanhou, deixando seus homens feridos para trás. Volg limpou novamente seu instrumento, e a colocou na cintura.

Não deixem de conferir essa, e todas as demais aventuras, na coletânea organizada pelo RPG Brasil. Mais informações podem ser encontradas AQUI.
Até a próxima!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Resenha - Crônicas dos Senhores de Castelo I - O Poder Verdadeiro

Olá, companheiros!


Hoje trago a resenha de um livro que li tempos atrás, antes mesmo do blog estar no ar, mas só agora consegui comentar: Crônicas dos Senhores de Castelo - Livro 1 O Poder Verdadeiro. Publicado pela Editora Verus com uma capa bela (que muito lembra Assassins Creed), o livro traz consigo uma história infanto-juvenil, seguindo de perdo uma princesa e seu autômato que, quando envolvidos numa trama maior do que esperavam, encontram-se auxiliados por dois Senhores de Castelo, poderosos homens escolhidos por seus respectivos mundos do Multiverso para proteger seus planetas dos invasores em busca de conquistas. Assim, vemos a princesa Laryssa se aventurar junto de Thagor e Kullat, enquanto conhece mais sobre ambos e sobre a vida árdua que leva um Senhor de Castelo.



Dividindo essa resenha por partes, comentarei, primeiramente, sobre aquilo que mais me chamou atenção durante a leitura: são dois autores, G. Brasman e G. Norris, e isso é algo que muito admiro. Aqueles que escrevem, mesmo que por hobby, sabem o quanto é difícil organizar as informações de uma história longa, tarefa que se complica ainda mais quando temos de preparar o projeto para futuras continuações. Dividir esse trabalho com um segundo autor pode parecer uma facilidade sem igual mas, em suma, dificulta ainda mais o processo como um todo. Há divergências de opiniões, comentários errôneos, favoritismo entre o personagem e aprovação ou desaprovação de ações. O fato do primeiro livro de uma série ter sido escrito por dois autores é algo que tenho de parabenizar, uma conqusita que acho realmente válida.
Passando pela bela imagem que ilustra a capa da obra que temos em mãos, alcançamos as páginas bem trabalhadas da Editora Verus, sempre se destacando pelo excelente trabalho demonstrado (vide Batalha do Apocalipse). Algumas ilustrações em preto e branco nos mostram os personagems e as criaturas, e a criatividade dos autores é facilmente assimilada, mostrando aos leitores um mundo próprio e imenso, com pitadas de referências e originalidade. A divisão dos capítulos é boa, deixando a leitura mais prazerosa e simplória, com mais pausas para descanso (para leitores aficcionados, como eu, que não param de ler até terminar um capítulo, por exemplo). A escrita é simples, o que possibilita perceber logo de início que os autores privilegiaram as cenas de ação, e não o tratamento dos personagens que, por vezes, é deixado um pouco de lado. Nada disso atrapalha a leitura, obviamente, mas pode decepcionar alguns leitores mais assíduos de obras de profissionais.
A trama segue retilínea, sem muitas variações ou surpresas, ou que não necessariamente é ruim. O roteiro nos apresenta diversas criações dos autores, entre criaturas e localidades, e leves reviravoltas no comportamento dos personagens, que pouco mudam durante a jornada. As cenas de ação são complexas e, em suma, bem descritas, assim como alguns empecilhos que surgem à frente de nossos heróis, obstáculos facilmente superados pelos poderes dos Senhores de Castelo.
O primeiro livro, O Poder Verdadeiro, é facilmente entendido como uma iniciação à escrita por ambos os autores, mas mostra claramente o avanço pelo que passaram conforme seguiam os rumos da história. O segundo livro, Efeito Manticore, já foi concluído (vide Twitter), e deve ser publicado por meados de março, de acordo com os autores. Veremos as mudanças e as melhorias na escrita, coisas que vêm aos escritores conforme adquirem experiência, e nada melhor do que treinar e escrever e escrever muito mais para isso.
Assim, classifico O Poder Verdadeiro como um bom livro, com uma ambientação agradável e original e diversos pontos criativos, misturados a referências disfarçadas nas paisagens do Multiverso. A Editora Verus segue num excelente trabalho, continuado em Filhos do Éden, do mesmo autor de Batalha do Apocalipse, e provavelmente sera o palco para o segundo livro dos Senhores de Castelo, que com certeza comprarei. Vale a pena acompanhar essa obra que, apesar de simples, tem muita mágica para mostrar. Sem contar que sempre é interessante acompanhar o desenvolvimento dos escritores nacionais, que cada vez mais se mostram dedicados e talentosos.
Desejo sucesso a G. Brasman e G. Norris, e que venha o segundo livro, e um terceiro, e quantos mais tiverem de vir! Sucesso também à Editora Verus, torço para que continue com a dedicação e o excelente trabalho que têm demonstrado.
E que o Brasil se encontre em seu Multiverso, continuando a nos presentear com obras originais e fantásticas.
Até a próxima!

domingo, 20 de novembro de 2011

Jogos - White Knight Chronicles 1 e 2

Olá, companheiros!
Hoje trago a vocês uma postagem sobre uma série que muito me agradou. Em ritmo de conclusão, logo após terminar o segundo jogo, falo sobre White Knight Chronicles, a séria japonesa que surpreendeu bastante com seu enredo clichê-fantástico e seu cenário incrivelmente imenso e bem trabalhado.

Uma frase após a conclusão do segundo jogo: Haverá um terceiro!

White Knight Chronicles tem, atualmente, três jogos, sendo os dois da série principal para Ps3 e o terceiro, Origins (Dogma Wars no original) para PSP (o próximo que pretendo fechar, assim que consertar o meu portátil, hehe). Conta a história de Leonard, um garoto pacato e bobinho (diferente de todos os protagonistas de rpg japonês, claro) que descobre um poder imenso e a necessidade de salvar o mundo. Sim, pode parecer um clichê imenso, e realmente é. Inclusive, temos até a necessidade de 'salvar uma princesa', para completar a repetição de históricos, mas enfim, o jogo compensa tudo isso com seus personagens e o desenrolar, que nos leva até uma terra fantástica, uma história no presente daquele mundo que engloba acontecimentos de um passado remoto (retratado no Origins, do PSP).
Temos ainda, junto dos protagonistas e antagonistas, cinco cavaleiros gigantes e mágicos, capazes de feitos fabulosos. Se você pensou em super-sentai, está absolutamente correto, até mesmo as cores são iguais! Cada um deles é controlado por uma das crianças antigas, e a guerra do presente é baseada nos cinco e na reencarnação dos grandes nomes da batalha anterior, a Rainha Mureas e o Imperador Madoras. É neles que vemos os vínculos da história, assim como cenas e situações emocionantes, confrontos incríveis e criaturas colossais.

O sistema de batalha é bem criado, um action-turn-based, podemos dizer. Similar a Final Fantasy XII, mas muito melhor, para nossa sorte. As criaturas variam de monstros pequenos e agressivos a gigantes como trolls e ents, mas todos têm um nível de detalhamento incrível, assim como golpes variados e estratégias diferenciadas. Há uma enorme variação de itens para se usar ou equipar, sem contar a 'guilda' que trabalha com outros itens, a criação de equipamentos, o refinamento e as recompensas por quests paralelas, errantes, entre outras. Isso tudo offline, claro. Ainda temos o modo online, que multiplica todas essas possibilidades, garantindo uma diversão extensa.
O primeiro jogo é um tanto curto, terminei com 18 horas, aproximadamente, sem caçar as buscas paralelas ou jogar online. É pouco para um rpg oriental, claro, mas o segundo já veio recompensando este tempo. Terminei com 24 horas, aproximadamente. Ainda assim, o primeiro jogo foi muito melhor. Senti, em Wkc2, uma responsabilidade de deixar o jogo maior que acabou atrapalhando as coisas. Passamos muitas vezes por paisagens que já vimos no jogo anterior, sem contar que somos obrigados a matar todos os monstros de uma mesma masmorra duas ou três vezes para encontrar os caminhos. Às vezes, o objetivo está do seu lado, mas para chegar lá você precisa dar uma volta exaustiva, enfrentando todo mundo outra vez. Isso estragou um pouco o segundo jogo que, somado à dificuldade absurda que adquire nos últimos estágios, traz um pouco de desconforto aos jogadores mais casuais.

Não comentarei muito sobre a história para evitar spoilers, mas posso garantir que a equipe está planejando um terceiro jogo, talvez para fechar a trilogia. No final do 2, vemos claramente a frase 'to be continued...' escrita em nossas telas, o que é bom. A série tem muito o que mostrar, e o cenário está longe de ter sido explorado por completo. Só espero que, no terceiro episódio, não sejam necessárias as enrolações e a dificuldade enorme para somar tempo aos relógios dos jogadores. Que o jogo seja mais curto, mas mais prático também.
Concluindo, White Knight Chronicles é uma série fantástica, que recomendo muito! Por mais que tenha seus problemas, todos os jogos o têm, e mesmo assim não nos livram da diversão e da sensação de glória quando os terminamos. Adorei ambos Wkc, e pretendo logo terminar o Origins também (o que renderá outra postagem, hehe). Até lá, aguardamos por novidades sobre um terceiro jogo, torcendo para que consertem os erros dessa franquia que tem uma qualidade gráfica incrível e um mundo enorme para explorar.

E você, já escolheu seu cavaleiro?
Até a próxima!

sábado, 19 de novembro de 2011

Estronho - Malditas, as casas têm atmosfera


E a Estronho não para, realmente.
Ainda hoje, mais cedo, postei sobre a nova antologia 'onlyfemale' da Editora Estronho, 'E se Al Capone fosse mulher?', tratando de famílias mafiosas e crime organizado. Agora, passeando novamente pelo site da editora, encontro mais uma novidade incrível: Malditas, as casas têm atmosfera, a nova antologia de terror e horror da Estronho!
Todo mundo sabe que casas mal-assombradas são metódicas, úm assunto que nem de longe é criativo, pouco tem a oferecer. Entretanto, é sempre interessante ver as mesmas coisas batidas no ponto de vista de incontáveis autores, pois o tema pode ter sido exaustivamente usado nos anos anteriores, mas cada autor tem sua criatividade, e muitos deles carregam ideias macabras em suas mentes insanas. Somando a originalidade e a escrita de cada um, temos uma coletânea com uma oportunidade incrível, oferecendo a seus participantes a chance de se destacar onde muita gente já tentou.
A organização fica por conta da Celly Borges (@cellyborges no twitter), responsável também pelo Selo Fantas e suas avaliações de originais (esse pessoal trabalha! :O). Temos também, como convidados, Estevão Ribeiro e Lemos Milani, agraciando os 12 autores selecionados com seus talentos e experiências. O limite de caracteres é de 35000, assim como na Al Capone, e o prazo de envio dos contos é de 20 de maio de 2012.
E você? Tem alguma história para contar sobre casas assombradas? Não perca tempo, dê vida às palavras e participe agora mesmo!
Até a próxima!Link

Estronho - E se Al Capone fosse mulher?


Olá, companheiros!
E a Editora Estronho não para, isso é um fato. Com o encerramento do prazo de envio de originais para o Selo Fantas, as almas inocentes e ingênuas dos fãs da equipe pensaram que eles descansariam, cobertos de palavras imprecisas de autores buscando oportunidade, e apenas isso. Como sempre, estávamos enganados. Hoje foi aberta uma nova antologia, a terceira coletânea composta apenas por escritorAs. Isso mesmo, E se Al Capone fosse mulher? é a mais proposta de envio de contos para as autoras do brasileiras e portuguesas.
Mas do que se trata essa antologia?
O regulamento nos apresenta a pergunta que nomeia o livro, e ela deverá ser respondida por todas as escritoras que fizerem parte de suas páginas. Não necessariamente deverá tratar sobre mafia italiana, mas deve abranger mulheres no comando de famílias mafiosas e poderosas, seus atos cruéis, necessários para manter o controle de seus servos, e toda a malícia destinada àqueles que chefiam criminosos organizados. Para ajudar as participantes, Valentina Silva Ferreira foi convidada pela equipe da Editora Estronho, e fará parte desse bando de criminosas criativas. Qual será o resultado?
Podemos esperar no lançamento, que deve acontecer no final do ano seguinte, 2012. O prazo para envio dos contos é 20 de junho de 2012. Os textos, por sua vez, devem conter no máximo 35000 caracteres. Serão doze escolhidas, juntamente da convidada, mais que o suficiente para comandar o contrabando e movimentar o dinheiro de nossos bolsos para a Estronho com o lançamento, hehe.
É mulher? Escreve? Mafiosa?
Não perca tempo, participe já!

Até a próxima!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Dragon Slayer 35 - Impressões


Olá, companheiros!
Hoje venho até vocês para comentar sobre a 35ª edição da melhor revista nacional. Isso mesmo, estamos falando sobre a Dragon Slayer, publicada pela Editora Jambô.
A DS35 foi incrível. Para começar, cobriu todos os lançamentos recentes, de Terra Devastada até Ledd HQ. As matérias sobre terror e horror, do Leonel Caldela, e desenvolvimento do clima em durante a jogatina, do Gustavo Brauner, são excelentes, com ensinamentos dignos de mestres. Desta vez, e apenas desta vez, a matéria do Leonel foi voltada realmente para quem mestra, e nõa para quem escreve. Como ele mesmo disse no início do texto, optou por isso devido à pouquíssima quantidade de textos sobre como mestrar jogos de terror. As dicas são ótimas e, se misturadas com o clima sugerido pelo Gustavo Brauner, podem garantir uma sessão de jogo.
Temos, após as excelentes resenhas sobre Ledd e Sangue em Ferelden, o mais novo pacote de aventuras para Dragon Age RPG, uma adaptação do cenário fantástico-brutal de Deus Máquina, o quinto romance de Leonel Caldela, descrevendo as localidades mais importantes de O Caçador de Apóstolos, suas personalidades e seus eventos marcantes. É uma matéria recheada de spoilers do primeiro livro, e explica muita coisa que, até então, era apenas sugestiva. Me fez gostar ainda mais do cenário desenvolvido pelo Caldela, mostrando a profundidade das nações e dos eventos que ele desenvolveu, assim como das pessoas que destes fazem parte. Temo uma ficha do Atreu, o protagonista, em termos, e duas classes para usarmos nas sessões neste mundo de campanha. A parte de regras é excelente, mas a ambientação faz a adaptação valer muito a pena, certamente a melhor matéria da revista.
Logo em seguida, somos apresentados a uma adaptação de Fairy Tail para 3D&T Alpha. O anime, que já conta com mais de 100 episódios, conta a história de Natsu e seus amigos, envolvidos com um mundo de magia e intrigas, com lutas absurdas e cenas tocantes. A adaptação explica bastante do cenário e dos nomes importantes, mas é essencial que a pessoa conheça, pelo menos, alguns episódios ou capítulos do mangá.
Por último, mas não menos importante, temos três ganchos de aventura para Ferelden, o cenário de Dragon Age RPG, com histórias fantásticas que podem ser usadas para início de uma campanha. A resenha de Tagmar, um mito do passado, encerra a edição, que com certeza foi uma das melhores Dragon Slayer até então.
Desejo à equipe um sucesso tremendo, e que continuem com o excelente trabalho demonstrado, garantindo a fãs de RPG e literatura um material de qualidade, demonstrando assim a dedicação do grupo. Fico na espera da 36ª edição!

Até a próxima!

sábado, 12 de novembro de 2011

Anime - Madoka Magika


Olá, companheiros!
Recentemente comecei a assistir mais uma animação japonesa. Dessa vez é um anime curto, o famoso Madoka Magika com seus 12 episódios. Trouxe para cá porque me surpreendeu, assim como aos outros, por sua temática inovadora para o gênero da história.


Quando pensamos em garotas mágicas, é inevitavel não lembrar de Sailor Moon, Rayearth, Sakura Card Captors, entre outros animes onde tudo são flores, e mesmo os mais problemáticos dos empecilhos são resolvidos pelas habilidades absurdas das lindas garotinhas. Madoka começa dessa mesma maneira, no mais tradicional clichê de 'oi, tudo bem, sou um cara fodão, tá afim de ser super-herói?'. Mas uma coisa é certa: pessoas que são fãs do gênero garotas mágicas não vão se dar bem com essa história.


Para começar, apesar do traço bonito e aparentemente infantil, o cenário desenvolvido por Madoka Magika é imenso, e cruel. Sim, cruel, por incrível que pareça. Muita gente cita 'o marcante episódio 3' como aquele onde as coisas são mostradas na forma real, portanto, não tire suas conclusões sobre a obra. Assista, vale muito a pena, apesar de curto. O plot pode parecer simples, mas há muita coisa envolvida e diversas pontas que, de acordo com as demais resenhas que tive contato, são fechadas de maneira coesa. Para aqueles que se tornaram fãs da série, há a excelente notícia de que 2012 será o ano dos longa-metragens. A princípio será uma trilogia, onde os dois primeiros filmes contarão a história do anime novamente, enquanto o terceiro terá uma história nova.
Madoka Magika é uma boa animação, diferente de tudo 0 que se pode pensar. Recomendo, e logo trarei minhas impressões quanto ao fim da série.
Até a próxima!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Antologia - Angelus


Olá, companheiros!
Postagem rápida e objetiva, apenas para divulgar a nova antologia da Editora Literata, que começa a receber originais à partir de 15 de novembro (terça-feira). O nome da coletânea é Angelus, e os contos deverão abordar temáticas celestes, usando dos mitos e lendas de diversas regiões sobre essas criaturas do céu, suas variações, castas e espécies. Para mais informações, visitem a página do regulamento.
Não deixem de participar com seus contos, que devem ter menos de 10 mil caracteres, contando os espaços. O prazo de envio é até 15 de fevereiro de 2012, ou seja, temos bastante tempo para refletir sobre nossas histórias!
Até a próxima!

Ledd HQ - Resenha e Impressões


Enfim chegou minha versão impressa de Ledd HQ!
Pelo preço de 19,90R$ na pré-venda, podendo alcançar 22,90R$ pelo que as fontes me disseram, Ledd é fabuloso! Pode ser avaliado como caro se comparado aos mangás japoneses publicados pelas editoras nacionais, mas temos de levar em conta que é um trabalho caro, uma publicação de quadrinho por uma editora de livros e, acima de tudo, uma coisa ainda muito rara e escassa no Brasil. Muita gente tenta (mas só o Brasil é penta! ¬¬), mas criar uma história em quadrinhos no noso país é complicado. Eu, assim como muitos outros, sinto as dificuldades que nossa cultura desinteressada e inculta impõe na publicação de um livro, imagino a dor que é fazer um HQ. Mas os desafios foram feitos para que a vitória valha a pena, e esse é o caso de Ledd, assim como fora, uma vez antes, Holy Avenger.


Em mãos, o quadrinho é lindo. Confesso que imaginei que seria impresso no tamanho A4, me surpreendi com o "formatinho" de mangá, mas nem por isso perdi as esperanças. O interior está muito bem diagramado, as páginas com qualidade impressionante, a capa e a contra-capa fabulosas. A arte de Lobo Borges, somada à roteirização incomum do Trevisan, deram a luz a uma obra de arte, uma história digna dos livros, ilustrada para aqueles que têm menos afeto pelas páginas sem gravuras da literatura. Recomendo muito a compra, apesar do preço, que pode assustar num primeiro momento. É uma iniciativa excelente, que pode gerar frutos grandiosos num futuro não tão distante.
Agora vamos à resenha.
Ledd nos conta a história de Ledd (Jura?!), um garoto que desperta numa prisão sem se lembrar de nada sobre seu passado. Lá, conhece Ripp, um feiticeiro peculiar, que tem como fetiche o uso de cabelos para a confecção de suas magias, e é calvo (e azarado). Usando fios de Ledd, Ripp o ajuda com sua magia, e assim ambos fogem, dando início à jornada fantasiosa que o quadrinho nos oferece.
Até o presente momento, Ledd conta com 4 episódios, sendo 3 deles de 24 páginas, e o último de 36. Na versão impressa, temos páginas coloridas na introdução, e ilustrações entre cada episódio com palavras dos autores, assim como uma área de bastidores, onde existem outros desenhos e até mesmo um roteiro cru do Trevisan, mostrando a todos que desejam como se tornar um roteirista de HQ.
Nesses 4 episódios, Ledd teve momentos de clímax, de batalha, de ironia, tudo no melhor estilo de mangá. Não sei se estou ficando louco, mas para mim, o traço do Lobo Borges lembra muito Dragon Quest. Essa é uma comparação positiva, obviamente, e vale ressaltar que, apesar deste ser o primeiro trabalho profissional no ramo dos quadrinhos do Lobo, o traço não decaiu em nenhuma página. Quem acompanhou no twitter viu que ele desenhava pela madrugada, mantendo uma rotina árdua e trabalhosa, e o resultado impecável está nas mãos de quem adquiriu a pré-venda, ou na internet, de graça, no site oficial. Tenho certeza que Trevisan ficou muito orgulhoso do esforço de seu desenhista, e ainda mais quando teve nas mãos o primeiro exemplar, mostrando assim a qualidade do trabalho realizado por ambos.
Diversos personagens apareceram nas páginas de Ledd, além do feiticeiro Ripp. Drikka, Coronel Barba Branca, Horlogh, General Klinsmann, entre outros. Todos eles são bem desenhados, cada qual exercendo sua personalidade. Há diversos picos na ação, nos diálogos cômicos ou misteriosos, e tudo nos leva a crer que Trevisan tem uma surpresa preparada que, possivelmente, vai mexer com todo o cenário de Tormenta outra vez. Não seria nada mal, é claro.
Depois da Trilogia Tormenta e da antologia Crônicas de Tormenta, organizada pelo próprio Trevisan, o cenário estava parado, em termos. Há a Gazeta do Reinado, nas Dragon Slayer, as guerras taúricas e a reunião élfica, etc, mas nenhuma história era contada. Ledd veio para nos mostrar que Tormenta ainda tem muito o que mostrar, diversas histórias para ambientar e muitos novos talentos para revelar, como é o caso do Lobo Borges. Tomado por segredos que prometem reviravoltas dignas de um RPG de mesa, o quadrinho tem um longo caminho pela frente, e muitos fãs para conquistar. É o povo brasileiro mostrando, mais uma vez, que há espaço para cultura entre toda a baboseira do nosso país.
Desejo muito sucesso para o Trevisan e para o Lobo Borges, assim como para toda a equipe de Tormenta e da Editora Jambô. Devemos a eles muito do que agita o nosso país em termos de RPG, quadrinhos e literatura. Seja nos romances do Leonel Caldela, seja nas reformulações de 3D&T Alpha, a Jambô tem muito o que oferecer ao povo que sabe aproveitar a mente que tem.
E o Trevisan ainda vai escrever um romance, todo mundo sabe. Só nos resta esperar, enfim, hehe.
Até a próxima!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Música - Van Canto


Olá, companheiros!

Passando rápido hoje, apenas para recomendar outra banda àqueles que desconhecem: Van Canto.
Van Canto é uma banda sem instrumentos. É, isso mesmo, a banda é composta apenas por uma bateria, e então as vozes dos vocalistas instrumentais. Como funciona? Procure vídeos e vai entender.
O som de todos os instrumentos é feito pelas gargantas treinadas dos integrantes da banda, que lançou pouco tempo atrás um novo álbum, Break the Silence, o quarto até o presente momento, sendo o primeiro destes criado em 2006.
Entre as músicas da banda existem vários remakes, homenageando originais de outras bandas de rock, como Manowar e Iron Maiden. Recomendo fortemente que procurem por Kings of Metal e Fear of the Dark nas vesões de Van Canto. Não vão se arrepender.

É isso, amigos. Deixo aqui o site oficial e o canal do Youtube, para quem se interessar, e minha sincera indicação. Vale muito a pena!
Até a próxima!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Anime - DuRaRaRa!


Olá, companheiros!
Postagem rápida, só para comentar sobre um animê que tenho assistido nos últimos dias: DuRaRaRa!
DuRaRaRa! é uma série de 25 episódios, mais um OVA entre o 12 e o 13, dos mesmos criadores de Baccano. Nunca assisti Baccano, então não posso comentar sobre esta, mas DuRaRaRa! me chamou muito a atenção devido à sua criatividade, à trama envolvente e ao tratamento dos personagens pelos autores. E por falar em personagens, são muitos! Cada um deles tem a sua história, sua motivação, seu objetivo e, no fim, está tudo relacionado.
O que mais me prendeu nessa série é o uso das referências mitológicas e floclóricas, como a Duulahan (Durahan no Japão), uma lenda da Irlanda, mais precisamente da mitologia celta, sobre uma fada sem cabeça que monta um cavalo negro, também degolado, carregando uma foice que a simboliza como morte e um balde de sangue, que atira naqueles que deseja assustar. Mexer com esse tipo de lendas já me transforma num fã, e DuRaRaRa! ainda foge de todos os clichês, criando uma cidade aparentemente normal, do contemporâneo, e a transformando em algo místico, repleto de acontecimentos bizarros e personalidades, lendas urbanas e mitos.
DuRaRaRa! já está completo, pode ser encontrado à venda ou em sites de animês, e é altamente recomendado! Ajuda bastante aos autores que desejam tratar de temas obscuros ou desenvolver suas próprias bizarrices, podem ter certeza!

Até a próxima!

Resenha - Necrópolis

Saudações, companheiros!
Aproveito-me desta postagem para resenhar, analisar, comentar e criticar a obra de Douglas MCT, publicada pela Editora Draco: Necrópolis - A Fronteira das Almas. O livro tem 307 páginas, divididas em Prólogo, Epílogo e 41 capítulos. Pode parecer bastante coisa, mas os capítulos são de tamanhos variados, o que facilita a leitura, com diversos pontos onde parar para continuar mais tarde.
A obra já conta com uma alavanca inicial absurda, que é o prefácio do mestre Leonel Caldela, introduzindo-nos à "iniciação" do Douglas com suas belas palavras. O prólogo nos apresenta a temática, o dark-fantasy famoso do autor, e a história se desenrola a partir de então, ganhando personagens, localidades e situações marcantes.

Na imagem acima, temos o quarteto de protagonistas: Verne Vipero, o irmão mais velho e protetor; Simas, o ladrão velocista capaz de correr mais do que um equinotroto (saberão o que é isso quando começarem a ler); Karolina, ou simplesmente Karol, a mercenária traiçoeira e sedutora, capaz de fazer de tudo pelo bom cumprimento de sua missão; e Ícaro Zíngaro, o corujeiro, raça criada pelo autor, um personagem que parece vago, de início, mas demonstra uma importância enorme conforme a trama segue.

Evitando spoilers, o livro conta a história de Verne, um órfão já adulto que ainda possui um amigo imaginário, os AI, tema bastante abordado no livro. Além dele, diversas outras pessoas têm os amigos invisíveis, mas todas o perdem conforme a idade chega. Entre os personagens apresentados, temos Victor Vipero, o irmão do protagonista, o objetivo principal da trama. Seguimos Verne em sua aventura em busca do irmão, jornada esta que o levará até os confins de Necrópolis, um mundo que sequer acreditava existir. Verne, cético como era, demora a entender e aceitar as ideias apresentadas pelos ciganos, mas acaba se envolvendo num mundo diferente e peculiar, onde tudo é sombrio e grotesco.

Sem mais detalhes sobre a trama, vamos analisar o aspecto que mais me chamou a atenção: a criatividade.
Necrópolis não é livre de clichês, e nada no mundo o é. Todas as histórias têm "alguém salvando alguém" ou "um escolhido importante para o mundo", etc, são plot's impossíveis de ser evitados. O que é importante para uma história criativa, então? O restante, oras! Os personagens podem ser baseados em arquétipos tradicionais, como "protagonista bobo que se descobre em jornada" ou "guerreira de pouca roupa que abusa da sedução", mas é nele que encontramos as características marcantes da história, o enredo por trás de seus passados, envoltos em mistérios ou tristezas. Além disso, a localidade por si só já é repleta de originalidade. Necrópolis é apenas um mundo na mitologia imensa que o autor desenvolveu, deixando brechas para que os outros Circulos sejam usados em futuros livros (tendo em vista que são 6 livros prometidos para a série!). Ainda que apenas Necrópolis fosse usada, o "continente" é vasto, cheio de locais grandiosos e inovadores, com suas personalidades e tribos, raças e culturas.
E por falar em raças, voltamos a comentar sobre a criatividade. Há diversos tipos de monstros, acessórios, máquinas e outras coisas criadas pelo autor, o que faz de seu universo único e colossal. Nessa parte, acertou em cheio!
Um ponto que desejo ressaltar é sobre a escrita. Necrópolis não é um livro complexo de se ler. Apesar da temática mais séria e adulta, com direito a sangue e torturas, a escrita é simples, fácil de se ler. Há partes em que isso é ruim, deixando o texto vago, difícil de entender. porém, grande parte do livro torna, graças à simplicidade nas palavras, a leitura rápida e fácil, o que ajuda aqueles menos dispostos a encarar dicionários durante os momentos com os livros.
Por fim citamos o roteiro, sobre o qual não poderei comentar completamente para evitar spoilers aos que ainda pretendem ler. O que posso dizer é que a história começa simples, e então nos mostra que há muito mais por trás daquela trama que parece infantil e mundana, revelando cenários improváveis e passagens marcantes, as quais podem marcar presença nos próximos livros.

Enfim, esta análise simplória tem como objetivo mostrar meu contentamento por mais uma obra nacional lida, e com prazer! Acompanhei Necrópolis desde a época do orkut, onde o Douglas postava comentários, músicas e outras coisas enquanto escrevia, buscava editora e coisas do tipo. Hoje, temos um livro de capa fantástica, publicado pela Draco que é uma das editoras mais influentes na literatura fantástica do Brasil, atualmente. E, se depender do autor, ouviremos falar muito de Necrópolis, seja nos próximos livros, seja nos projetos secretos de quadrinhos e contos organizados por ele.

Até a próxima!

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Deus Máquina: Em mãos!


Olá, companheiros!
Passando por aqui para uma postagem simples, mas que pode ser motivo de inveja para alguns, hehe. Como sabem, sou fãzaço do Leonel Caldela, autor da trilogia Tormenta e da duologia iniciada em O Caçador de Apóstolos, encerrada agora em seu mais novo livro, Deus Máquina. Não medi esforços para garantir o meu na pré-venda, e o livro chegou hoje em minhas mãos. Só tenho uma coisa a comentar: está lindo!
Sério, sabe aquela sensação de livro estrangeiro, que você sente vontade de ler mesmo sem saber o que é só pela qualidade do trabalho demonstrada na capa? É a mesma coisa, e o que mais me orgulha é saber que é tudo nacional, desde o escritor, dono das ideias e das palavras, até o trabalho da editora e da gráfica, a Jambô novamente nos mostrando sua dedicação e qualidade!
Quando vi o livro no site, na pré-venda, achei estranho. As capas do Leonel geralmente têm ilustrações grandiosas, confusas e repletas de mensagens dos personagens, como visto em O Caçador de Apóstolos e no Terceiro Deus, por exemplo. Deus Máquina contraria tudo isso, usando de uma ilustração simples sobre um manto negro sem detalhe algum. Quer a novidade agora? Alto-relevo. A sensação de ter a imagem nas mãos é esplêndida, e muito maior é a gratificação de ver a ilustração interna, atrás da capa e da contra-capa, que nos mostra os personagens em uma cena de batalha. Simplesmente fantástico!
Bom, essa postagem é apenas para mostrar minha felicidade em obter meu exemplar. Ainda não comecei a ler, mas passou para primeiro da fila, e logo teremos uma resenha sobre a história de Iago, Jocasta e Atreu, entre outros, marcantes como sempre são os personagens nas mãos do Tolkien nacional, hehe.
Fiquem atentos, pois a DragonSlayer 35, pelo que soube, vai trazer uma adptação do segundo livro da duologia, e com certeza será comentada aqui posteriormente.
E vamos para o próximo!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Clube de Autores - Mais novidades vindo por aí!

Olá, companheiros!
Hoje venho por meio deste informá-los que uma das melhores oportunidades nacionais, o Clube de Autores, está repleto de novidades!
Para quem ainda não conhece, o Clube de Autores, assim como outros tantos (Ag Books, Bookess, PerSe, etc.) publicam livros sob demanda, sem avaliação ou qualquer coisa do tipo. É uma editora que trabalha para o autor, que pode optar por uma publicação gratuita, revisando, diagramando e preparando a obra ele próprio, ou por pagar por alguns serviços do site, como estes citados logo acima. Então o Clube coloca seu livro à venda no site, e o valor de direitos autorais é você mesmo quem escolhe. A ideia é genial, mas a facilidade garante que incontáveis trabalhos apressados ou mal feitos estejam nas páginas do site, o que dificulta um pouco as coisas. Ainda assim, é uma iniciativa excelente para um país onde é difícil ganhar espaço com palavras.
Já devidamente apresentados, vamos ao que realmente importa: as novidades!
Muita gente reclamava dos preços dos livros do Clube de Autores, geralmente elevados o suficiente para assustar novos compradores. Obviamente, o custo de produção de um livro sob demanda, onde ele é impresso no momento da compra pelo site, é maior do que uma tiragem enorme, o que amplia os custos, logicamente. Agora, porém, os preços foram reduzidos, e os novos valores podem surpreender. Um livro de 220 páginas, anteriormente custando aproximadamente 34R$ (sem direitos autorais), hoje tem um custo de produção aproximado de 30R$. A diferença é grande para uma mudança que acabou de chegar, e vai ajudar muitos novos autores a divulgar seu material enquanto não conseguem espaço em uma editora.
Outra novidade, essa um pouco mais antiga, é o desconto progressivo na compra de maiores quantidades. Anteriormente, tinha-se 20% de desconto nas compras acima de 100 exemplares, o que seria um investimento muito grande. Hoje temos 10% de desconto na compra de 10 exemplares, e a porcentagem aumenta conforme aumentamos a quantidade de livros, o que possibilita uma compra quantitativa para um possível evento de lançamento organizado pelo próprio autor, onde o mesmo poderia obter um lucro razoável acerca de seu trabalho árduo.
E agora, a mais recente das notícias. De acordo com o blog, à partir da semana que vem teremos novos formatos de impressão, diferentes do tradicional A5 (14,8x21cm), como o A4, pocket book, etc. Teremos também as opções de capa-dura e miolo colorido, entre outras coisas ainda não reveladas! Cada vez mais podemos perceber a dedicação da equipe, sempre esforçada para somar preços acessíveis e qualidade impecável em seu trabalho.
E é isso aí, nos resta torcer para que todas as ideias da equipe deem certo, e todas as ambições para com o site se concretizem. É uma oportunidade ímpar, tenho dito, não deixem de aproveitar enquanto buscam por uma editora física para publicar suas obras. A facilidade e o bom trabalho do Clube de Autores torna cada vez mais simples a realização do sonho de cada autor, que é ter o seu livro nas mãos.

Até a próxima!